quinta-feira, 30 de abril de 2009

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Sad. Very sad.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O Noddy e a minha Ex-Não Sei Quê...


A minha ex-não sei quê vai casar e a minha cunhada acha que o Noddy é um pouco parvo. São as duas notícias de hoje. Dia pouco inspirado portanto. E, muito curiosamente, ambos os assuntos estão relacionados. Vou explicar. Ou tentar. Como já referi atrás, é um dia pouco inspirado este. O Noddy e a minha ex-não sei quê são muito parecidos. Calma, já explico. Só têm dúvidas, nunca certezas. As suas cabecinhas são uma espécie de reservatório de vácuo. Ali não passa nada. Ou, se passa, não se percebe. O Noddy precisa sempre dos seus amiguinhos, para que lhe expliquem tudo. Até o Sr. Lei ali é mais inteligente. Já a minha ex-não sei quê é ao contrário. Passa a vida a explicar como se faz. Mas não sabe. Acha. São ambos seres muito dificies de entender. Passo a exemplificar, com um pequeno diálogo. Com a Ex-não sei quê. Com o Noddy nunca falei. É mentira. Falei no Festival do Panda no ano passado. Mas ele não me respondeu. Claro, não sabia o que dizer. Irra que é mesmo parvo. Voltando à Ex-não sei quê.
“olá então sempre vens ao meu casamento?”
“olá, sempre vais casar?”
“que pergunta mais parva, claro que vou!”
“e o teu noivo sabe?”, pergunto eu muito convicto. Não, não era uma piada.
“não, não sabe. É supresa”, responde-me ela, numa tentativa de humor.
“eu logo vi!”, respondo.
“bem, passando à frente, como é que vais? Há quase um ano não falamos. Tenho saudades de te ver, de saber como estás.”
“Mas alguma vez falámos?”, perguntei-lhe eu, novamente muito convicto.
“Luis, estás para disparatar? Se preferires desligo o telefone.”, responde-me. É uma mania que não lhe passa. Carregar na tecla vermelha.
“Não estou nada. Mas pronto, passando à frente, estou bem obrigado, aqui ando na minha vida. Está tudo bem. E tu? Sempre vais casar?”
Péssima ultima frase. Levo a resposta, claro.
“Não, estava só a brincar. Claro que vou, e gostava muito que viesses. Se quiseres claro.”
“eh pá, nesse caso, se gostavas mesmo muito que eu fosse...eu não vou.”
“Porquê?”
“Olha porque me dá mais gozo assim. Já se não quisesses que fosse, eu iria a correr.”, respondo eu, tipo puto da escola primária.
“Volto a ligar-te mais perto da data. Em final de Maio ligo, e espero que tenhas mudado de ideias.”
“Sobre o quê?”
“Sobre vires ao meu casamento.”
“Mas espera...vais casar?”
Desliga.
Voltando ao Noddy. Ele também é assim uma coisa que não é peixe nem carne. O raio do boneco só tem dúvidas. E a roupinha dele? Ridicula. Mas os putos gostam. Sem saberem porquê. Mas passa-lhes rápido. Acho que ao Miguelinho é mais um mesinho e pronto. Passa para o Homem-Aranha. Ao menos esse está mascarado. Não dá para saber se é feio. Sim, porque o Noddy é feio. Mas a Ex-não sei quê era bonita. Ou não? Já não me lembro...

Nota: Ficção. Pura ficção. Exceptuando a opinião da cunhadinha e o meu não-diálogo com o Noddy. Esse malcriado.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Hoje apetece-me...dançar na praia!

Contaram-me uma história.

Contaram-me uma história. Começa assim. 1993, Queima das fitas.
“Três anos passaram e o curso findaste. Parabéns! Que te realizes profissionalmente, nunca esquecendo os teus principios de igualdade, amizade, ética e moral, que tão bem soubeste defender até à altura. Só assim contribuirás para uma sociedade onde todos têm algo a dizer...e lembra-te que nos bons e maus momentos tens sempre aqui o teu irmão”. Lá cresceu o puto de então, de peito cheio com os seus principios, sonhos e convicções. Foi-se fazendo um homem, começou a trabalhar num emprego de sonho, casou com a namorada de sempre. No casamento, lá continuou alimentando os seus sonhos. Sempre construídos sobre castelos de areia. Divorciou-se. Sempre à procura de mais. Dos tais sonhos, dos tais ideais, dos tais castelos. Vive eternamente apaixonado. Sempre pela mulher impossível. Trabalhou em muitos e muito diferentes sítios. Conheceu gente. Muita gente. Fez novos amigos, perdeu amigos velhos. Pela força do tempo, da distância, ou da diferença. Não se recorda. Consegue perceber como constrói rapidamente novas amizades, mas nunca entende como vai perdendo algumas pelo caminho. Talvez porque não seriam. Ou não. Não sabe, nem quer saber na verdade. Pelo que que contam, é ainda hoje aquele puto cheio de ideais, principios e convicções. Mas contam-me que os sonhos se têm esfumado aos poucos. Não sabe porquê. Nem quer saber. Alimenta hoje quatro sonhos. Reconstruir uma vida emocional e material. Provar a si e a outros que vai mesmo à Lua. Retribuir à sua família o que não é retribuível. Não tem preço. E, finalmente, conseguir ser para os seus sobrinhos, tudo aquilo que o seu irmão tem sido para ele. Contam-me que considera essa uma tarefa impossível. Mas também me contam que já ouviu muitos impossíveis na vida. E na vida...não há impossíveis.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Ficção, só.

"...termo usado para designar uma narrativa imaginária, irreal, ou referir obras criadas a partir da imaginação...". Percebido?

domingo, 19 de abril de 2009

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Já comprei o Cavalo Branco...

“Princesa Rita. Já comprei o meu cavalo branco. Está lavadinho, alimentado, pronto. É agora tempo de te ir buscar. Eu e ele estamos preparados, para vires iluminar os nossos tempos escuros e ausentes. Sabemos que já és princesa no teu castelo. Mas aqui serás Rainha. Vamos dar-te tempo para te preparares e conhecer o reino. É um pouco diferente o nosso castelo, mas verás que irás gostar. Muito. Estamos ansiosos que chegues. Prontos para a mudança, prontos para ti. Já disse ao meu cavalo. Que quero adormecer com o cheiro do teu corpo. E acordar com o sabor dos teus lábios. Queremos ver-te sorrir. Passear contigo sem tempo e sem regra. Sentir sem limite. Queremos ver-te. Mais vezes, muitas vezes, sempre. Para isso já preparámos o Castelo. Parece desenhado. É puro, aberto, sincero, sem exigências ou obrigações. É assim, simples. Como deve ser. É feito de propósito para ti. Para te sentires Rainha. Eu e o meu cavalo branco somos assim. Comandados pela alma, impulsionados pela paixão. Se não vieres não faz mal. No nosso Castelo, ou noutro castelo qualquer, para nós serás sempre Princesa. Aguardo então que me digas para te ir buscar. Se não vieres, ofereço o cavalo branco e vendo o castelo. Vens?”

Hoje lembrei-me desta...lembranças...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

quarta-feira, 15 de abril de 2009

...e depois existem os outros (a maioria)...

.mas também acredito que existem muitos, a maioria, que acreditam sobretudo naquilo que eu não acredito. Mas que acredito que eles acreditem. Confuso eu sei. Mas claro como água. Acredito que existem aqueles que acreditam sobretudo na oportunidade da deslealdade. Na ingratidão. Na premeditação. No momentâneo. Trocam o essencial pelo acessório. Descuram o que fazem hoje, pensando que o amanhã não existe. Têm memórias selectivas e despudoradas. Ignoram sabendo que magoam. Fingem sabendo que mentem. Mentem sabendo que prejudicam. Prejudicam pensando que o tempo não tem memória. Mas tem. E não é curta. Sobretudo querem ter. Ter, ter, ter, ter. Chamam estupidez à bondade. Abdicam do bem. Para os outros. O seu bem é ter o bem do outro. Aspiram a poder social. Lessem eles Stendhal e saberiam que "...só valemos pelo que damos...". Fui.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Happy-endings & Fairytales


Via ontem o filme I AM SAM (Sean Penn sempre brilhante), e ocorreu-me pensar em algumas coisas em que, aos 37 anos, ainda acredito. Acredito em Happy-endings e Fairytales. Acredito mesmo. Já me disseram que era um problema na zona do cérebro onde estão as emoções. Já me disseram muita coisa, na verdade. Mas, ainda sssim, acredito e pronto. Têm sido agitados os meus últimos anos. Entre os rins que não me dão descanso, separação e mudança brusca de emprego, de amigos, de vida. Já conheci gente boa e gente má. Gente feliz e gente infeliz. Gente só. Gente imensamente acompanhada. Acredito que a bondade vence sempre a maldade. A partilha vence a inveja. A solidariedade vence a solidão. Acredito que existe, algures, uma alma gémea (tenho nos meus Pais e irmão a prova disso mesmo). Acredito no amor e uma cabana. Acredito em amar sem ser amado. Sentir sem ser sentido. Dar sem receber. Acredito no valor do trabalho, na força das convições, na grandeza dos princípios. Acredito na lealdade. Na verdade. Acredito no destino. Nos sinais. Nas palavras, gestos, sentimentos. Acredito que os amigos falham. Que eu falho. Todos falhamos. Mas acredito que há sempre tempo para acertar. Encaminhar. Recuperar. Acredito na sinceridade de uma desculpa. Na capacidade de desculpar. De entender. Acredito que sorrir é melhor que chorar. Acredito que me liberto quando choro. Que cresço quando consigo sorrir. Acredito no final feliz. E no conto de fadas. É assim que vivo. Acreditando. Disse.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Tu...

A brisa do mar numa noite quente. O cheiro fresco e limpo da Primavera. A luz da Lua em noite escura. O brilho das estrelas numa noite de Verão. O desejo pedido à estrela cadente. As cores do arco-íris em dia de chuva. O primeiro riso do bébé. O amanhecer no campo. O por-do-sol no mar agitado. O tom certo da canção. O veleiro no ponto silencioso. O abraço forte. O beijo longo e profundo. O perfume bebido dos lábios ternos. A música do corpo feroz. A agonia do apaixonado. O sorriso leve e ágil como a água de um rio. O toque de seda da pele. O olhar terno e doce. As linhas sensuais do rosto. Os ombros delicados e frágeis. O cabelo desenhado nas costas. Tu.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

...uma espécie de almoço com a Cunhadinha...


O mimo tem destas coisas. Estava eu necessitado de mimo (sou um mimadão), marco almoço com a cunhadinha. Esqueci-me, claro, que um almoço com a cunhadinha nunca é bem só um almoço. Aliás, muitas vezes (como hoje), nem chega a ser bem um almoço. Mas pelo mimo vale tudo. Lá fomos. Chegado ao trabalho dela a espera habitual. A cunhadinha é daquelas pessoas que quando chegam atrasadas a um almoço ou jantar, se vira para todos e pergunta - "bolas, já cão estão todos????!!!". Seguindo. Hoje a cunhadinha tinha uma surpresa, ou várias. Com ela é sempre no plural. "Luisinho hoje vamos a um sítio diferente", disse-me com aquele ar de quem sabe o que lá vem. Percorrida toda a rua dos Correiros (correiro é um tipo que faz ou vende couro, comigo é sempre a aprender). Porta 1849, não percebi se era o número da porta, se a idade do prédio. Entrei no prédio e percebi. Era a idade do prédio. Até chegar á espécie de restaurante, para o qual temos que subir um infindável numero de escadas. E a luz senhores? Aqui a luz ainda não chegou. Ficou-se por 1849, concluo. Chegados á porta um lindo letreiro feito em powerpoint (com muitas cores!!!), indica o nome da coisa - "É O NOSSO CANTINHO". Acreditem, é esse o nome. Mas o nome ali é coisa que pouco importa. "Restaurante de comida natural", diz á porta. Mau presságio. Já percebi, a seguir vai-me aparecer alguém vestido á woodstock, com um turbante e um sem número de face-piercings (estou tão evoluído!). Não apareceu. É pena que ficava ali bem. "Agora temos que escolher", diz-me a cunhadinha. Que se babava a olhar para algo que percebi mais tarde ser A COMIDA! "Então o que vai desejar ?" perguntam-me. Estou completamente bloqueado, ainda a pensar na sandwich de leitão que julgava ir almoçar. Escolho sopa, que me pareceu, de facto, sopa. Acompanhada de uma salada de algas. "Desculpe, disse algas??". Não perguntei, mas pensei. Ao olhar para o meu ar meio extra-terrestre (daqueles que não comem algas), ela percebeu e teve o cuidado de escolher poucas algas. Ficou uma salada com massa. E cenouras (com casca, que aqui é tudo natural...). Junto a isto lá pedi uma fatia de pizza. De cogumelos. A alternativa era uma coisa que já não me recordo o nome, mas que substitui a carne, segundo a cunhadinha. Mas...a carne tem substituto?? Lá fomos para a salinha sentar à mesa. Bem, mesa, mesa, mais ou menos. Mesinha pronto. Daquelas que os colégios dos putos têm. Deve ajudar à meditação, calculei. Vou buscar a água e a cunhadinha resolve pedir-me que traga um chá quente. Chá quente?? A água foi fácil, estava num jarro. Quanto ao chá, bem...o chá lá me ajudaram. É uma característica que estes "sítios" têm. Percebem logo quando existe anormalidade. No caso, era eu. Sopinha, salada e pizza comida, a cunhadinha vai buscar a sobremesa. Era uma espécie de bavaroise de morango. Sim, morango tinha. Findo o, digamos, almoço, ainda deu tempo para passar por uma salinha onde pude ver todo um mundo cósmico-estrelar-reyquiano-shiatsusiano. Confuso. Vim de lá confuso. Sou um tipo muito terra-a-terra, dizem. Pensava eu que o "almoço" estava terminado, mas havia tempo para uma ida à Fnac do Chiado com a cunhadinha. Pensei "bem de livros eu gosto, de musica também gosto, e sempre posso encontrar a R.", lá fui com ela. Ir com a cunhadinha à Fnac (como ao Ikea, BoConcept ou outro...) é uma espécie de viagem com roteiro. Já sabe ao que vai, escolhe, pergunta, e compra. Brilhante esta cunhadinha. Já eu, sou um pouco mais confuso. Nunca sei ao que vou, porque vou e o que trarei. Estou exausto. Andei que me fartei e almocei não sei bem o quê. Mas soube muito bem a espécie de almoço. Agora são horas de ir comer uma tosta mista ao Sr. Caldeira. Estou esfomeado...

sábado, 4 de abril de 2009

Tão bom encontrar-te

Encontros. Acontecem-nos a todos. Todos os dias. A mim acontecem-me muitos. Alguns sabem bem, demsiados sabem-me mal. Já foi ao contrário, mas agora é assim, pronto. Há pouco a fazer, não os conseguimos evitar. Sobretudo aqueles que, como eu, não premeditam, não planeiam, não prevêem. Vivo ao sabor do que me trará cada dia, cada momento, cada encontro. Há cerca de 4 ou 5 meses que te encontrei a ti. Sem querer, sem prever, sem saber mesmo. E ainda bem. Não me perguntes como, mas desde o primeiro momento senti-me bem. Foi um encontro bom. Todos os dias desde então que tento encontrar-te. Só pra te ver sorrir, te saber bem, te ouvir. Não me perguntem os porquês, os comos, os para quês. Pouco me interessa. Só me interessa encontrar-te. E sabe-me tão bem. Vi-te ontem mais uma vez. Pouco tempo, mas um tempo tão bom. Foi um encontro simples, sem grandes combinações, planeamentos ou previsões (nem sequer levei a minha roupa nova...). Mas foi mais um daqueles momentos que sentimos como especiais, apesar de tão simples. Como sempre, estavas linda. Como sempre simpática, como sempre única. Falei tanto que quase nem te ouvi. Tinha tanto para te dizer. Estava ansioso. Não sabia como seria para ti esse encontro. Para mim foi delicioso. Eventualmente o sentirás comum como tantos outros. Não sei se o repetirás. Desejo muito que sim. Mas ainda que não o repitas, este ficou. E este já não me tiram. Porque há encontros assim. Simples, mas tão bons.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Sou uma espécie de ornitorrinco


Há várias razões para ir já no meu terceiro blogue. A principal é porque sou um pouco desbocado. Penso, sinto, escrevo. Entro numa espécie de hipnose, adormeço com os olhos abertos e escrevo. Mais tarde vem o resultado. Seja qual for. Assim sendo, cá vão coisas. Os meus dias têm sido um pouco para o agitado. Entre os clientes que não páram de ligar e os futuros clientes que nunca atendem o telefone. É este o meu dia-a-dia. Procuro escutar sinais quase invisiveis, sons quase inaudíveis, gestos tímidos. Digamos que sou uma espécie de ornitorrinco. Vivo pelos sentidos. Vejo mal ao perto, mas vejo muito longe. Pois bem, aqui o ornitorrinco ouvia hoje uma daquelas rádios em que os tipos nos falam aos gritos (sorry Joana...vá lá, tu falas aos gritos, mas nós gostamos), e escutei uma música - Lucky -e percebi porque me fazes sentir assim meio tolo (sendo tolo um elogio, obviamente). Porque te encontrei sem procurar. Porque te disse disparates e voltámos a falar. Porque te admiro. Porque me inspiras. Porque vives com paixão. Porque o teu sorriso me encanta. Pela simplicidade dos teus gestos. A leveza das tuas palavras. Mas, sobretudo, por teres a melhor característica de todas. A bondade. Pronto. Acordei...

Confusão, profusão...explosão!!