...a importância da lingerie...

Respirar fundo

...de ti

"Saudade - O que será... não sei... procurei sabê-lo
em dicionários antigos e poeirentos
e noutros livros onde não achei o sentido
desta doce palavra de perfis ambíguos.

Dizem que azuis são as montanhas como ela,
que nela se obscurecem os amores longínquos,
e um bom e nobre amigo meu (e das estrelas)
a nomeia num tremor de cabelos e mãos.

Hoje em Eça de Queiroz sem cuidar a descubro,
seu segredo se evade, sua doçura me obceca
como uma mariposa de estranho e fino corpo
sempre longe - tão longe! - de minhas redes tranquilas.

Saudade... Oiça, vizinho, sabe o significado
desta palavra branca que se evade como um peixe?
Não... e me treme na boca seu tremor delicado...
Saudade... "

Saudade - Pablo Neruda

Consciência de merda.
Em quantas situações da nossa vida nós tomamos a consciência de que fizemos merda, erramos?
É bom errar, sabe bem errar!
O arrependimento é uma forma de sabermos que estamos vivos, que fazemos opções, que vivemos. Que evoluimos ao aprendermos com esses erros, mesmo com os de estimação, aquele que teimamos em repetir.
Os erros interpessoais serão aqueles que nos causam maior arrependimento, os que nos causam maior dor. São tambem aqueles que dão valor às relações, que as tornam mais vivas.
Em quantas ocasiões não foi o erro a valorizar (sobrevalorizar?) uma relação, uma ocasião, uma pessoa, um sentimento?
Sou um gajo que gosta de cometer erros, que gosta de se arrepender. Tenho alguns que teimo em repetir. De forma insconciente, mas coerente.
Este carnaval mascáro-me de erro.

hoje é daqueles dias...

Hoje é um daqueles dias em que estou aqui, mas só me apetecia estar aí. Nem sei porque não vou. Mas só me apetece ir. Hesito. Espero aquele sinal que nunca virá. Mas quero ir. Será que aí estás? E se for, será que te vejo? E se te vir, que faço...

...os melhores 30 minutos dos meus últimos tempos...

Sexta á noite. Final de uma semana difícil. De mais uma semana dificil. A minha querida cunhada dá-me a boa notícia da semana "hoje ficas com os teus sobrinhos? nós vamos ao cinema...". Yes!!!
Como se não bastasse a tarde na companhia do João (ontem homem-aranha), ainda sou premiado com o resto do dia. E com o Miguel como bónus. Chegados a casa, já o Miguel estava com o seu banhito tomado. E, como sempre, lá andava a correr de um lado para o outro. Parece incrível como é que o puto ao final destes quase dois anos, ainda não descobriu os cantos todos á casa...jantar ao João no sofá, que ele hoje está cansado, e janto na cozinha com o Miguel no colo, "ajudando-me" a comer o MEU jantar. É um querido o Miguel. Sempre disponível para estas "ajudas". "Miguel, desculpa mas hoje não há Panda, o tio quer ver o futebol com o mano". Acena que sim e sorri. Fico desde logo com a impressão que me devo preparar para esta rápida concordância do Miguel. No sofá ao lado do João, que ganha consecutivamente na PSP, vou ver o futebol. Ou tentar. Repentinamente o Miguel tem um acesso de correria. Deu seguramente 20 voltas á mesa de apoio em frente ao sofá, e em frente á televisão, que eu ía ver...
Dedico-me á PSP com o João. Mas perco. Raios, se o puto ganha sempre, porque estou eu sempre a perder??? O Miguel continua digamos que agitado. Tenho uma solução. "Bébé, queres leitinho?" Reponde que sim. Yes!!! Bom sinal. Lá vou preparar o leite do Miguel, com o Miguel, claro. Ao colo e sentado na bancada da cozinha ehehehe (não digas aos papás!). Leitinho pronto e sofá com o Miguel. 10 minutos de futebol, ao som da Playstation do João. O Miguel bebe metade e diz-me "na queh". "Queres sim bébé!", respondo, autoritário, claro. Olha para mim, sorri e responde "bebe Tio, bebe...". Irresistível este Miguel. Pronto arruma-se o leitinho ao lado, e agora senta aqui no colo do tio e vamos ver o futebol. E vimos! Tranquilos. O Miguel adormece entretanto. Caminha dos papás. Volto ao João. Volto a perder. Claro. "...ó Tio, mas quantas vezes tenho que te explicar como se finta o guarda-redes? dá cá, que eu acabo o jogo e ganho por ti". É um querido o João. Também sempre disponível a ajudar o tio nestes momentos de dificuldade electrónica. "João, vamos para a caminha? Deitamos lá os dois a falar um bocadinho?". Senão chegam os papás e tenho sarilhos, penso eu. Um minuto depois de deitar, o Miguel dá sinal. Corro, e ponho-lhe a xuxa. É fácil, ponho a xuxa e já está. Regresso á cama do João. Foram 30 segundos. Miguel outra vez. Não quer dormir o Miguel. Xii agora é que vou ter sarilhos com os papás, nenhum dos dois a dormir...Já sei, solução leitinho. Aqueço o leitinho, com o Miguel no colo, claro. Ele gosta de participar. Bebe o leitinho e acalma. Uff. João refila "...então tio, vem deitar!!!". Deito o Miguel e corro para o João. Nahh. O Miguel chama por nós. "João, importas-te de irmos deitar com o mano? Senão ele não pára de refilar." O João concorda. Felizmente. Lá deitamos os três, Miguel no meio. Braços para cima de mim e pernas para cima do João. É território dele. Naquele espaço quem manda é ele. Adormecem os dois. E eu também. Dormi 30 minutos acho eu. Entretanto chegam os papás. E que 30 minutos tive...

wish you always feel better...

O Afecto

Vejo hoje uma notícia que diz que 25% das crianças com menos de 10 anos em Portugal, vivem abaixo do limiar da pobreza. Destes 25%, quase um terço delas vivem em lares de acolhimento de várias instituições. Quando perguntado a uma responsável da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa quais as principais necessidades das crianças ali acolhidas, responde "...afecto. Sobreutudo afecto". Menos mau pensaremos nós. Pelo menos têm roupa, cama, comida e serviços de saúde. Respondendo a esta pergunta da jornalista, a mesma responsável responde "...sim. Mas isso são necessidades básicas que vamos conseguindo resolver, mais tarde ou mais cedo. O afecto não. Falta-lhes hoje, e quem sabe quando terão. Vivemos numa sociedade em que o afecto parece ser comprado nas embalagens de farinha amparo. É instantâneo e pouco duradouro. A sociedade portuguesa tem que entender que o afecto que damos hoje, perdura no tempo para quem o recebe. É uma sociedade estranhamente afastada dos afectos...". Curioso. Absurdo mesmo. Abdicamos do afecto. Estranhamos o afecto. Quando existe, desconfiamos. Por natureza, vemos no afecto uma segunda intenção. Achamos que ele não pode ser real. Achamos que não existe. É-nos estranho...

...notas de um Jacaré

Um Jacaré quando tem um blogue, é com intenção de escrever, partilhar, brincar, imaginar, ficcionar.
Um Jacaré quando tem um blogue não procura opiniões, conselhos, julgamentos de opinião ou aconselhamento sentimental.
Um Jacaré quando tem um blogue escreve o que lhe apetece. O que lhe surge. O que lhe vai na sua longa cabeça.
Um Jacaré quando tem um blogue gosta, obviamente, que o leiam. Mas duvido que goste que do que leiam, extraiam opiniões ou conclusões sobre o próprio.
Um Jacaré quando tem um blogue gosta de ter. Mas calculo que deixe de ter, se isso se tornar numa troca de palavras sobre o próprio.
Um Jacaré quando tem um blogue, gosta de ler os outros. Não gostam que os outros escrevam sobre ele.
Um Jacaré quando tem um blogue pede desculpa se é indelicado, mas agradece as devidas restrições verbais dos seus fiéis leitores.
Um Jacaré quando tem um blogue é porque tem. Só isso.

...in Douro

Viagem relâmpago ao Porto. Aproveito e visito família que aqui vive, neste Douro encantado. Percorro estas margens, embalado nestas velhas carruagens que se passeiam lentamente pelo rio. Ao sabor da corrente lenta e ternurenta. É já final de tarde, a viagem é longa, e ainda bem. É feito de propósito para que perceba que o tempo não é tão rápido como parece. O sol põe-se e contemplo agora o reflexo das luzes amarelas e antigas das casas, neste Douro magnífico. Foi curta a estadia. Demasiado curta. Mas o suficiente para te sentir longe. Demasiado longe. Mas tenho o Douro, pelo menos mais uma hora e meia pela manhã...

simply fabulous...

ter noção

Ter noção do que fazemos. É uma qualidade que aprecio. Bom senso. Timing. Acerto. São poucas as pessoas que conheço que a têm. Sabem sempre como fazer. Quando falar. Quando convidar. Quando aproximar. Não forçar vontades. Não deixar os outros desconfortáveis. Ter noção do rídiculo. Ter noção quando devem estar calados. Ter noção quando não se devem aproximar. Ter noção quando estão a mais. Já disse atrás. Prezo esta qualidade nos outros. Sobretudo porque, de tempos a tempos, eu não tenho mesmo noção...

Um dilúvio de bençãos... :)

Só a voz deste Senhor....já vale meio filme....(por favor ver apenas até 2min06...senão estraga tudo)

e tu existes?

Vamos lá a ver se existes. Imagino que és assim. Mulher lutadora e determinada. Com uma humildade contagiante. Simplicidade de gestos, palavras e afectos. Vives a vida ao sabor do sentir, do gostar, do saboreaR, do prazer. Também sonhas. Menos que eu, parece-me. Mas também, menos que eu, enfim...não é dificil. Sorriso irresistível e olhar penetrante, tudo encaras sem planos, sem caminhos programados, sem destinos previstos. Na verdade, é assim que se fazem os melhores destinos. Sem programa. A certeza que tens no teu bom destino impressiona. Tanto como a segurança que tens em ti própria. Alimentas-te da emoção. Respiras prazer. Não tens noção da mulher que és. Ou melhor. Tens. Não sendo tu a Scarlett, deixa que te pergunte...e tu existes?

p.s. - Não é choraminguice, é uma pergunta. Só isso.

Afinal...

Quando vi o desafio do Jacaré, pensei logo numa cena que me ficou na cabeça...Fui procurar...youtube e tal...lá estava ela...

Sim, sim, é mesmo esta!!!

Hummm...hummmm....mas porque é que isto me "marcou"??? Realmente vendo agora...até nem é assim tão bom...

Pensando bem...há tanta coisa assim... que nos marca, nos tira o sono, nos tira a fome, algumas até que quase nos enlouquecem. Mas às vezes nem as estamos a ver bem e quando vemos, são tão diferentes...Algumas nem chegam a ser uma desilusão...simplesmente... não são.

hum?

O que nos faz correr em busca da felicidade? Não seremos apenas cães atrás de uma roda de carro?

Depois de a alcançar o que lhe fazem?

Cinema

Desafio aos meus colegas de cantinho. Escolher cenas de cinema que mais vos impressionaram. Digamos que valem os vários géneros de cinema...bem, quase todos os vários:-)
aqui vai o meu primeiro contributo. Tom Hanks e Denzel Washington em Filadélfia.

o choramingas

Não gosto de choramingas. O choramingas é o tipo de gajo que me irrita. E, por natureza, o choramingas é um gajo burro. Sim burro. Se o enganam no trabalho, começa logo a falar na verdade e na mentira, no certo e no errado. Irritante. Se não se apaixonam por ele, começa logo a falar em caixinhas de bombons, cheiros de perfumes, formas de rostos, mundos pequenos. F...que chato que é o choramingas. Conhece alguém e, em meia dúzia de dias, conta-lhe a vida toda. Expõe-se, acredita, partilha, sente. E depois, claro, queixa-se. Raios partam o choramingas. Dizem-lhe que não, que ele é diferente dos outros e tal, que foi algo especial e o camano. Não percebe que aquelas são palavras profissionais e habituais dirigidas a dezenas de choramingas. Ouve isto e começa logo com as suas melosidades. Cria blogues, põe-se a escrever sobre o amor e a paixão, os homens e as mulheres, nhanhanhanha...que chato é o choramingas. O choramingas, ainda por cima, é o tipo de gajo que não sabe ficar calado. Quieto. Ali, no canto. Pelo contrário, põe-se logo em bicos de pés, "olha eu aqui a chorar, é a culpa é de....". Mas que culpa tem o Mundo das tuas choraminguices ó choramingas! Como se já não bastassem os defeitos, o choramingas ainda por cima é o gajo que nunca cai na real. Acredita em castelos e princesas, em palavras vãs. Acredita que palavras valem mais que acções. Não consegue atingir que nada substitui a acção. Nada. Além disto tudo, o choramingas é o gajo que, naturalmente, é, de facto enganado. Porque nada dá mais gozo que enganar um choramingas. E vê-lo choramingar. Faz-nos sentir menos infelizes, com menos ausências, menos percas. Olhamos para ele e pensamos "olha ali está um perdedor, aquele sim é um choramingas...". Eh pá, ó choramingas, acorda que já é dia. Seu burro...

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Formiga cansada procura descanso e... colo, ou sofá, ou bom colchão...

´Textos que tristemente se repetem....

Ora bem...estive a última meia hora a contar e, se nao estou com falha de memória, tenho cerca de 165 amigas. 165 amigas! Altas, baixas, magras, gordas, loiras, morenas, ruivas. Lisboetas, algarvias, alentejanas, portuenses, bracarenses, vimaranenses, margem sul, margem norte, este, oeste. Espanholas, dinamarquesas, angolanas. Empregadas, desempregadas, casadas, solteiras, namoradas (de um ou mais), fiés, infiés, divorciadas, viúvas. Vintonas, trintonas, quarentonas. Todas BONITAS, claro. Pergunto: NÃO HÁ UMA (REFORÇO - UMA), QUE JANTE COMIGO NO DIA DE S. VALENTIM???


Nota do autor: o texto acima tem um ano de existência, outrora publicado em pasquim virtual semelhante a este. Entretanto, claro, o numero de amigas aumentou. O numero de amigas casadas também aumentou. Só não aumentou um numero: MAS AFINAL DE CONTAS QUEM É QUE JANTA COMIGO NO DIA DE S. VALENTIM!!????? Porra para isto pá...

desculpem. vou dormir. amanhã volto. ou não...buáááááááááaá

...muito a propósito

P.s. recomenda-se aos mais sensíveis ouvir só a partir de 1:20...

melhor banda do Mundo!!!!

E quem gosta?

..para quê?

Que Mundo tão pequeno este em que vivemos. Tem vantagens. Não permite muitos enganos, dessimulações, mentiras. Mais cedo ou mais tarde, a coisa percebe-se. Falsas palavras ou falas atitudes vivem algum tempo, mas não vivem o tempo todo. E ainda bem. A mim acontece-me muito enganar-me. Precipito-me. Baixo as barreiras. Não devia. Acreditar sem testar é um absurdo. Mas também, que esperava eu...enfim, felizmente vivemos em tempos de msn, hi5's, facebook's. Têm vantagens e desvantagens. A vantagem é que muitas vezes nos mostramos como somos. A desvantagem é que nós somos aquilo que sabem que somos. Não aquilo que dizemos que somos a quem não sabe quem somos. Confuso. Pois, mas útil, muito útil. Enganei-me, por pouco tempo, mas enganei-me. Mas não me arrependo. Se fosses como dizias que eras, seria bom. Se fosse verdade, seria bom. Não é. O que é pena. Segues o teu caminho, mas não te esqueças que o Mundo é pequeno. Quanto a mim, fui mais um no caminho. Pelos vistos. Mas para quê, pergunto. Não mereço e, sobretudo, a ti não te traz nada. Só mais do mesmo. Eu sigo o meu. Com enganos é verdade. Mas algumas vezes com verdades...