quinta-feira, 1 de outubro de 2009

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

SSSHHHHHHIIIIIIUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Gestos

A percepção outra vez. Engana-nos muito a percepção. Fiamo-nos no instinto, dizemos. Achamos que adivinhamos. Acontece que, ao que sei, a percepção aloja-se no cérebro no mesmo local da emoção. E é por isso que ela nos engana. Faz-nos negar a evidência. Faz-nos acreditar no contrário do real. Faz-nos imaginar o inimaginável. Julgar possível o que é, de todo, impossível. Quando confrontado com decisões criticas na minha vida (sejam pessoais ou profissionais) lá ponho a percepção a funcionar. Não quero defraudar, magoar, afectar ou transformar-me num intruso. Porque o faço muito facilmente. Levado pela emoção, vou por ali dentro e...estrago. Ora é por isso mesmo que, seguindo aliás conselhos já aqui escritos, cada vez mais me tento gerir pelos gestos. Saber interpretar os gestos é uma vantagem na tomada de decisões. O que está antes e provoca aquele gesto? Leva tempo a pensar. Mas bem pensado, facilmente concluo. Foi o caso de ontem. Um gesto tão simples valeu por todas as palavras do mundo. Mas ainda bem, porque de palavras...está o mundo cheio.

O teu dia

Contaram-me que planeias casar em breve. Que estás ansiosa. Que é o amor da tua vida. Que estás feliz, muito feliz. Foi uma boa notícia esta que me deram hoje. Não te imaginava assim tão perto desse dia. Mas fico feliz. Acredita que fico feliz por ti. É um tempo bom esse, o de planear um casamento, estabelecer objectivos em comum, procurar a casa onde serão felizes, os objectos. Escolher as cores de tudo. Azulejos, toalhas, pratos, cortinados. Planear o dia. Onde casar, quem convidar, onde dançar e comer. Do que te conheço, imagino-te num casamento de final de tarde na praia. Que musica escolher para a vossa dança. Escolher alianças, vestido e fato. Combinar ao pormenor com os padrinhos. Preparar para o choro dos avós e a alegria das crianças. Reunir amigos e juntar familia distante. É um dia bom o dia do casamento. Eu sei. E gostava de ser convidado. Porque gosto de casamentos. Mas principalmente, porque será um dos dias mais felizes da tua vida. E eu gostava de ver os teus olhos. Felizes. Deixo-te uma música. Será a tua música. Nesse dia.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Olá Sobrinho

Olá querido. Tem estado tão ausente o tio. Estou cheio de saudades. De ti, do mano e dos pais. Hoje almocei com o pai, e soube bem. Basta-me vê-lo. Espero amanhã vir com a mãe de manhã. Por a conversa em dia. Ouvi-la que gosto tanto. Se bem que, coitada, ouve-me muito mais do que eu a ela. Mas não é por mal É só porque a vida do tio ultimamente é um carrossel que não pára nunca. E leva-nos a todos. E queria tanto que parasse João. Não imaginas o bem que me faz o teu "olá tio, estás onde?". Fazes sempre a mesma pergunta. E sabe-me sempre tão bem. Qualquer dia é o mano. Embora menos, quer-me parecer que o mano Miguel é menos para estes lados, ehehe. O tio amanhã combina com a mãe para ir aí jantar está bem? Quero saber como vai a tua escola, as tuas namoradas e a tua professora Leonor, que o tio gosta muito, ehehe. Hoje tentei colar as patas do Jacaré que me deste. Sou um trapalhão, não correu nada bem. Vais ter que me ajudar. O tio nunca foi muito para as artes manuais. Nem para nenhumas artes, vendo bem. De artista tenho pouco. Bem querido tá na hora de ir. Dá um abraço grande no mano e no pai e um beijinho do tamanho do mundo á mãe. Que está doentinha, tens que a tratar bem está bem?

post rápido 2

...é que n escrevi tudo no outro.
Como brilhante cronista que sou tenho recebido diversas manifestações acerca dos conteudos do pasquim. Parece que incomoda e deixa desconfortável. É insistente, masoquista e tonto. Não faz sentido e é uma perca de tempo e energia. Bom, o tempo médio em cada texto sao 2 minutos. Energia gasto pouca. Quanto ao resto, estou de facto esclarecido (e o esclarecimento veio de uma forma tão simples). Peço desculpa pelo incómodo. Nunca foi a intenção. Nunca.

Post rápido

Existem os amigos. Depois existem os amantes. Existem ainda os amigos e amantes. Existem os amantes não amigos. E existem os não amigos. E depois existem os amigos tontos. Existem os amantes afortunados. Existem os desafortunados. Existem os amigos que deixam de ser. Ou que nunca deveriam ter sido. E existem finalmente os amantes que nunca foram. Nem serão. Existe isto tudo. Só há um remédio. Distância e tempo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

se tivesse um blind date

Bom, se eu tivesse de facto um blind date, gostaria que a Sra.Pipa (pode ser pipinha?), correspondesse a alguns predicados:
- ser compreensiva, acertiva e positiva;
- ser passional e solidária;
- ser linda como um por-do-sol na comporta;
- sóbria como um rio que corre abandonado pelas margens do gerês;
- simples no sentimento e vaidosa no comportamento;
- corajosa, empreendedora e lutadora;

Pronto, era assim que gostaria que fosse a Pipa. É que, uma mulher assim eu já conheço, só quero igual. Se for, marcamos para amanhã. Combinado?
Obrigado pelos vossos bondosos corações, nobres atitudes e compreensivas mentes.

A Pipa é assim?


Este blogue tem uma história. Por vezes parece uma história de Fassbinder ou Tim Burton, mas tem. Nasceu de uma conversa no msn entre três amigos. Provavelmente três tristes tigres. A avaliar pelo que lemos hoje, um tigra mais triste que os outros tigres. Aos poucos a morada do mesmo foi circulando, de boca em boca. Aos poucos vai tendo uns fiéis seguidores. Ou infiéis sei lá. Terá certamente outros que, mantendo-se no anonimato, aqui passam, lêm, vão embora e regressam. Um dia qualquer. Tem os seus três autores. Uma Açoreana inspirada, um ganda maluco da outra margem e...eu, que sou...sei lá. Bom continuando a historia. Neste tempo desde o ínicio, os seus autores mudaram de vidas, viajaram, conheceram, sentiram e, desbocados como são, escreveram. Aqui. Mas o mais curioso da história deste blogue, é que deverá ser o único onde alguns dos seus seguidores são assim uma espécie de mistura entre Bruxo Alexandrino e Professor Karamba. Adivinham as mentes dos autores, aconselham-nos, corrigem-nos, alteram-nos. São brilhantes estes seguidores. Digo eu. A um texto sobre amor, acrescentam nomes, pessoas, momentos, recordações. A outro sobre bondade ou maldade, lá vêm outra vez as pessoas, nomes, lugares. Fala-se do tempo, e toma lá, que o tempo é assim, porque tu (autor) és assado. Enfim. A história deste blogue é um exercicio brilhante de psicanálise. E ainda bem, porque me confesso necessitado. Imaginem que este blogue até já deu para criar amizades entre estranhos, confidências entre pólos opostos, ódios entre desconhecidos. É uma história estranha a deste blogue. Sobretudo porque quando começou, começou porque queria ser divertido, positivo, partilhador, sei lá, coisas assim...e depois ainda tem este autor. Como se não bastasse apelidar-se de Jacaré, comporta-se como um...urso. Que filme daria isto.

P.s. parece até que o blogue já deu para uma autêntica acção de caridade. Juntaram-se uma amiga inspirada que me acha desinspirado, uma amiga que ja foi uma espécie de namorada e considera-se expert na matéria, uma irmã desta (que não encontro razão alguma) e uma amiga que nunca será namorada e que, coitada, está farta de me ler e ouvir. Parece que, preocupadas com o meu estado (será terminal?), e pelo mais que evidente insucesso, resolveram preparar um blind date ao jacaré. Mas não um blind date qualquer. Teve concurso e tudo. Houve uma eleita (parece que se chama Pipa. Será mesmo Pipa??). Bom, fico a aguardar o date, porque de blind já me chega.

sábado, 19 de setembro de 2009

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Serei só eu?

Passo demasiado tempo comigo. Estranho mas verdadeiro. Ás vezes sou-me mesmo chato. Monótono. Repetitivo (isto dizem-me ser já da idade avançada). Mas é mesmo esta a sensação. Ainda se me fosse um gajo simpático. Ou bem disposto. Ou bonito. Sim bonito, se me fosse um gajo bonito ainda me beijaria a mim próprio no espelho. Nem abraçar-me me posso. O perímetro descomunal da barriga não o permite. Ou divertido. Sempre me ria de mim próprio. Contava-me piadas a mim mesmo. Ou dez anos mais novo. Sempre me emendaria a mim próprio. Chamar-me-ia a atenção a tempo de mudar. E passaria, então com 10 anos mais novo, aí sim mais tempo comigo. Hoje é assim meio chato. Meio complexo. Vou procurar outra companhia, pronto. Luis, desculpa, mas irra que és chato...

Quase perfeito


É só uma música. Não é mais nada. É para ouvir, sem interpretar, comentar ou concluir.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A percepção

A percepção é uma característica que só alguns de nós desenvolvem de forma mais intensa. Aqui o Jacaré, infelizmente, é um gajo cheio de percepções. Sempre fui. Se exceptuar o tal encontro com a Barmaid do Plateau (aí a minha percepção enganou-me), raramente me deixou mal. A tal percepção. Se é bom ou mau, ainda não percebi. Tem dias. Hoje foi má. Preferia que me tivesse enganado. Mas é assim, talvez lhe agradeça mais á frente. Á percepção claro.

Time for the real change...

Changes are not so difficult...just follow the signs. Easy.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Tão chato que é o tio...

Mais uma carta ao Joãozinho

Olá querido sobrinho. Já vai tempo de deixar o querido não é? Já não és bébé, eu sei. Mas o tio gosta assim, deixas não deixas? Eu sei que sim, nós entendemo-nos bem. Na verdade é com quem melhor me entendo puto. É contigo. Desculpas-me sempre as ausências, as faltas de tempo, os presentes que não te dou, as vezes que não jogo monopólio. Eu acho-te perfeito, como sabes. Lindo, olhar terno e traquina, inteligente e perspicaz e, sobretudo, és vida. Todas as crianças o são, eu sei. Mas tu és mais. Pronto. Sabes João, o tio está cansado. Extenuado mesmo. Vêm bem longe os teus 37 anos, mas vou deixando uns conselhos para que, ao chegares aqui, não te sintas assim. E para que isso aconteça, tens que ter sempre a coragem de resistir. Resistir ao instinto primário, ao primeiro gesto inadvertido, aos amores fortuitos. Que terás, e avaliar pelo número de namoradas que tens, terás muitos. Coragem de resistir á entrega sem rede. Guarda numa gavetinha algum amor. Tens que o guardar, porque de cada vez que o entregas todo, ele já não volta. Demora. E esse tempo, entre um amor dado e perdido é uma eternidade. Os minutos parecem horas, as horas parecem dias. Por isso, protege-te. Dar é muito bom. Mas habitua o teu coração a querer receber. Porque é triste um coração que não recebe. O tio é chato eu sei. Mas é para teu bem. Boa noite, dá um beijinho ao mano e um abraço forte aos papás. Os melhores papás do mundo. E um último conselho (por hoje claro), olha bem para os papás ao longo da tua vida. É isso o amor.

A tua música preferida



Bica, já lá vão dois meses. Desculpa ser repetitivo, mas lembrei-me agora de algo que tinhamos em comum. A musica favorita. Como os namorados devem ter, dizem. Não eras, nem serias nunca a namorada. Mas partilhávamos tanta coisa, em tão pouco tempo. Como esta música, que, como dizias te fazia "ter vontade de amar, abraçar e dar muitos beijinhos!". Beijo e vamos falando:-)

Diria isto por exemplo...que aliás já disse há muito

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Figuras de parvo...

Voltando aos telefonemas. Acabado de receber dois. Um bom e um mau. É sempre assim, pelo menos ultimamente. Vêm sempre a par. O mau não interessa. O bom logo se verá, parece que sim, que é bom. Pelo menos, deu-me a vontade de não fazer mais nada hoje. De trabalho quero dizer. É incrivel as converas que temos hoje pelo telefone, sms, msn ou email. Falo por mim. Sobretudo no que escrevemos. Somos branco quando escrevemos e preto quando falamos. A escrita dá-nos o estranho poder do anonimato. Parece que por escrevermos nos livramos de dizer. Vem-nos a força, a coragem, a audácia. Escrever transforma-nos. Liberta-nos. O pior é quando temos que falar. Frente a frente. Aí, vai-se tudo. E antes que se vá de vez, escrevemos apenas. O que é uma pena.

P.s. Tentarei a partir de hoje falar apenas de bacalhau, candidatos ás eleições, rainhas de inglaterra ou flmes ucranianos. Vale bem mais e, na verdade, são os únicos motivos que geram interesse pelo autor. São bem mais reais que parecem, evitam desconfortos e sempre dão para rir. As figuras de parvo dão sempre vontade de rir. Digo que tentarei. Logo se verá...

Encantar: causar encanto a; maravilhar; seduzir; enfeitiçar.

Li hoje esta palavra. Referia-se ao efeito de alguns dos meus textos. Porque nem sempre o dicionário nos acompanha as palavras, retiro “seduzir” e “enfeitiçar”. Fico contente que maravilhem e causem encanto. É esse o objectivo, o úncio objectivo. Ou melhor, tornando isto um pouco mais complexo (faço questão sempre), não há objectivo nenhum. Só para mim mesmo. Escrevê-lo aqui, evita que o diga ali. Porque facilmente esquecemos o que lemos, e dificilmente não guardamos o que ouvimos. Prefiro então escrever. Esse é o feitiço da escrita. Qualquer um a faz, qualquer um a lê. São cúmplices, os que escrevem e os que lêm. Imaginam-se apenas. É o tal “reino da fantasia”, onde tudo parece possível de ser. Ou de sermos. Mas temos depois a vida real. Onde temos que nos encontrar, falar, observar. E aí, acaba o feitiço. Passa a sedução. Que não é o caso.

Desculpa Beatriz

Olá Beatriz. Desculpa mas só agora me lembrei de ti. Fazem hoje dois meses que te vi pela última vez. Que te ouvi, te vi sorrir, e te ouvi praguejar. Começávamos a esta hora mais uma daquelas conversas. Eu, chato. Tu, sempre bem. A cada problema, vinhas com a solução. A cada dúvida, vinhas com a resposta. A cada lamento, vinhas com o abraço, o beijo, a palavra certa. Sempre desprovida de etiqueta. De complexos. De receios. Eras tu e pronto. Lembro-me que saíste para ir jantar. Pela centésima vez me tinhas convidado, e pela centésima vez tinha recusado. Sempre com os meus tempos, os meus afazeres, as minhas ausências. Não chegaste a jantar. Foste traída pelo que de mais valioso tinhas. Desculpa só agora me ter lembrado de ti. O tempo e a vida fazem-nos isto. Rapido esquecemos os ausentes. "E ainda bem!", dirias tu. Lembrei-me de ti. Porque sou egoísta. Tinha o teu afecto, a tua presença, o teu trabalho. E isso faz-me falta, muita falta. Porque "dar a volta na Jacará" sózinho custa muito. E logo tinha que me ter a mim como companhia...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Desculpem

Boas a todos. A partir de agora (e se a Formiga e o Urso concordarem claro), os utilizadores "anónimos" deixam de poder comentar. Desculpem, mas é uma regra de sanidade mental. E na verdade, se é anónimo, para quê escrever?
Obrigado

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Era para me convencer...mas acho que não resultou :(

Outro sonho

Outro sonho. Este sem bacalhaus, lulas ou torneiras. Sonhei contigo. Sonho muito. Dizem que faz bem. Sonhar contigo, claro. Mas desta vez um sonho bem diferente. Nos sonhos normais, recebo um telefonema teu dizendo o que eu nunca ouvi. Depois recebo um beijo teu, como nunca saboreei, e dás-me a mão, que eu nunca toquei. Termina sempre com um beijo demorado. Este é o sonho normal. Dia sim, dia não, pronto. No dia não volta o bacalhau, claro. Voltando a este. Sonhei que me admiravas. Que me respeitavas. Que até tinhas algum carinho (esta parte inventei durante o próprio sonho). Sonhei ainda que estávamos “sintonizados”. Objectivos de vida semelhantes, vontades convergente, sonhos idênticos. Consegui mesmo sonhar que ficávamos bem um ao lado do outro. Eu ficava de frente claro, porque de perfil, digamos que não fico bem com ninguém mesmo. Mas, ainda assim, tinhas a benevolência de não reparar. O que te ficava bem claro. Sonhei ainda que me querias o mesmo bem que te quero a ti. Apenas o demonstravas de forma diferente. Muito particular, vá lá. Mas a vida é feita de particularidades, certo? O sonho continuava e volto a inventar um pouco no próprio sonho. Até consegui sonhar que, tal como eu, acreditavas que o destino nos estava destinado. Regressado ao sonho real, observo que os teus olhos não me mentem (fixar esta frase por favor). Até no sonho sou um convencido. Tenho esta mania do dom. O dom de ler os olhos. No sonho também. E via, ali no sonho, que os teus olhos me davam alguma luz, que está em falta há algum tempo. E que, só por isso, teria valido a pena. O sonho, claro. Depois acordei. Beijava a almofada. Acontece-me muito. Gosto muito dela. Habituámo-nos muito um ao outro nos ultimos anos. É fofinha e está sempre ali, á minha espera. Ás vezes esconde-se. Mas acaba por voltar. Bom, depois de beijar a almofada, fui tomar um banho (dia de banho, portanto), fazer barba (ou é desfazer?), vestir, comer, beijinho á mamã (sim passo sempre pela mamã para dar o beijinho), e rua. Trabalho, reunião numa marca de brinquedos onde presto mais atenção aos que os meus queridos sobrinhos gostariam, do que ao que me dizem. De seguida, reunião na Ajuda com um génio do som, almoço com alguém que me relata o blind date da noite anterior, regresso ao escritorio. Telefonemas, telefonemas, telefonemas. Observo-te no ecrã. A maior parte do tempo, estás ali quando eu não estou. E desapareces quando chego. Bad timing o meu. Mais telefonemas, entre eles um gajo que conheço há anos que exclama “mas que é esta merda pá?”. E estávamos a falar de trabalho. Que espero fazer, apesar da beleza da expressão. Tu sais do ecrã, e deixas um beijinho (adivinhaste?). Já não venho a tempo, estava ao telefone com a culpada da expressão acima. Telefonema do mano. Quer saber como vai tudo. Quer sempre saber o mano. Apesar do pouco tempo que o dia lhe dá. Tem sempre este tempo. Respondo a 10 emails (que me dizem quase sempre o mesmo, todos os dias), fumo cigarros atrás de cigarros (a esta hora já posso). Mais uns telefonemas. Amanhã vou contá-los, devem ser uns 30 ou 40 por dia. Que tempo se perde. Leio o blogue. Mando um beijinho para a Cats, de quem tenho saudades. Mais uns textos e hora de ir. Jantar tardio na companhia do Pai. E novo telefonema com a cunhadinha ou mano. Todos os dias. Tão bom ouvir os meninos em fundo. Caminha, leitura, almofada e sonho. Logo se verá qual. Hoje é dia do bacalhau.

Um gajo complexo

Um gajo complexo. Foi isto que uma querida amiga me chamou ontem. De loucuras e realismos. Serei bipolar? E se sim, qual o gajo que deverei ser. O louco ou o realista. E já agora, nestes tempos é mais realista ser louco, ou mais louco ser-se realista. É que por louco que pareça, até acho que estou a ser bem realista. Confuso. Que confuso. Ou complexo, para usar a palavra certa. Como não tenho a dose necessária de realismo para avaliar a minha loucura, não concluo nada. Só sinto. E isso, é realismo ou loucura? Sentir sim. Serei só mesmo eu que sinto o que sinto. A avaliar pela análise da referida querida amiga, que curiosamente também acho possuidora de doses de loucura e realismo (o que a torna diferente e uma delicia de pessoa), sou assim e pronto. Mas já agora, sou o louco quando falo do bacalhau, ou quando falo da Princesa? Necessito que me expliquem, pois como sabem, falta-me o realismo. E sou o realista quando me convenço que o mundo é mesmo louco? Confuso eu sei. Mas eu sou assim, um gajo complexo. Ou louco. Ou realista. Sei lá...

Porque todos um dia queremos um outro lado de um outro mundo...

"Other Side Of The World"

Over the sea and far away
She's waiting like an iceberg
Waiting to change
But she's cold inside
She wants to be like the water

All the muscles tighten in her face
Buries her soul in one embrace
They're one and the same
Just like water

The fire fades away
Most of everyday
Is full of tired excuses
But it's to hard to say
I wish it were simple
But we give up easily
You're close enough to see that
You're the other side of the world to me

On comes the panic light
Holding on with fingers and feelings alike
But the time has come
To move along

The fire fades away

Can you help me
Can you let me go
And can you still love me
When you can't see me anymore

The fire fades away

http://www.youtube.com/watch?v=YUpbO-mpi74&feature=fvst

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Passava por ali

Passava por ali. Vi-te. Olhar perdido no fundo de uma alma que busca. Busca intensidade. Paixão, Momento. Prazer. Vida. Vi-te. Como sempre te vi. Intensa. Sonhadora. Fiel. Fiel a ti. Aos teus. Escrevo ao sabor do que sinto. Sem pensar. Escrevo quase sempre sem pensar. Mas vivo, sinto-me vivo e com vontade de viver. Vi-te ali. Não te falei, não te toquei, não te beijei. Só te vi. Observei uma vez mais a forma perfeita do teu corpo. O teu sorriso. Sentido. Observavas e sonhavas. Sentias que estás a chegar. Ao teu mundo. Ao que te estava destinado. Vi-te. Ficaria ali para a eternidade. Sentindo o silêncio doce da tua presença. Só o escutava a ele. O meu coração. Que batia. Batia forte. Só porque te via. A suavidade da tua pele. O leve toque dos teus cabelos nesses ombros que te ajudam nesse jeito meio desengonçado de andar. Vi-te. Ficaria para sempre a ver-te. Só. E talvez fique. Antes ver-te, que imaginar-te.

Figura de parvo

Hoje sonhei que era um bacalhau. E, como bacalhau que era, resolvi sair da água e apanhar um pouco de sol. Estava eu deitado na areia quando me aparece uma lula. "Que fazes aqui Lula?", perguntei-lhe, estranhando estar ela fora da água. "Eu...estou á procura do tubarão-martelo. Viste-o por aí?", perguntou-me. Respondi-lhe que não. E lá seguiu o caminho dela, á procura do tubarão-martelo. Acabado de tomar o meu banho de sol, resolvi ir até ao parque, andar de escorrega. Chegado ao parque, o escorrega estava tomado por duas torneiras. "Duas torneiras a andar de escorrega? Que estranho", pensei eu. "Olhem lá, mas que fazem duas torneiras e andar de escorrega?", inquiri. "Nós queriamos os baloiços, mas o tubarão-martelo e a lula, não saem de lá...", respnderam-me muito tristes. Decidi seguir caminho, que coisas mais estranhas encontre neste dia. Como ainda era cedo, fui até ao cinema. Bilhete comprado, para bacalhau há um preço especial, lá entrei. Sentei-me (tive que ir buscar uma cadeirinha de criança, pois por azar, há minha frente estavam dois postes de electricidade altíssimos), e vi o filme descansado, comendo as minhas pipocas (com sal a mais, note-se). Já era tarde e resolvi ir de autocarro para a praia. Estava cheio, tinha havido uma convenção de hienas ali perto. Estava um barulho ensurdecedor. Decidi sair e seguir a pé. Ao descer a rua, tropeço e rebolo por uma avenida inclinada e só paro no final. Quando me levanto, reparo que sou agora uma máquina calculadora. "Será que posso ir para a água?", interroguei-me. Chego á praia e encontro de novo a lula. "Olha lá Lula, achas que eu posso ir para a água?", pergunto-lhe. Com ar incrédulo responde-me "Mas que grande lata, uma máquina calculadora que fala! E ainda por cima quer ir para a água. Já não me bastavam as torneiras...vou mas é procurar o tubarão-martelo!". Fim de sonho.

A isto se pode chamar um texto parvo. Ou uma figura de parvo, pronto. A isto sim.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Back

Back to normal...

Seria mais ou menos assim...



"Há muito que sei o que é amar. Gosto de amar. Amo desde sempre a minha família. Pais, mano e cunhadinha, e queridos sobrinhos. Amei, em tempos, a mulher com quem casei. E, hoje, é a ti que amo. O que és. Luta, beleza, convicção, simplicidade, vaidade e bondade. Amo-te por um milhão mais de razões que não sei escrever. Só sei sentir."

Aqui tens Ana. Seria isto que lhe diria. Se ela existisse. Se ainda existisse. Estás satisfeita? Espero que sim...
Ficamos por aqui quanto ao tema.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

É favor dar o Mundo aos outros.



Para os amigos, lembrei-me desta música. Estes senhores, assim como eu, já são um bocadinho antigos. É mais um daqueles discos herdados do mano velho que tanto ouvi. Ou ouvimos. Disco sim. Eram numas coisas chamadas vinil. Ainda existem para quem tenha curiosidade. E como é para os amigos, cá vai.
Ao ouvi-lo lembrem-se que isto só vale a pena se amarmos mais, formos mais presentes, abraçarmos mais, beijarmos mais, sentirmos mais, preocuparmos mais, ouvirmos mais, falarmos mais, partilharmos mais. É verdade que se pode fazer o contrário disto. Sim pode. Mas vai chegar sempre o tempo e o momento em que perguntarão "porque não fiz mais?". E olhem que chega assim. Sem aviso de recepção. Entra-vos na caixa de correio deixado pelo tempo que corre muito rápido. Lembrar de outra coisa ainda. É quando achamos que finalmente o Mundo é nosso que nos devemos lembrar que a outros falta mundo. O mundo que então nos deram eles. É só um conselho, nada mais. Aceitá-lo ou segui-lo é com cada um. É sempre com cada um. Mas há tanta gente sem Mundo...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Time to close...

Há dias destes. Depois de dezenas de telefonemas feitos e recebidos, hora de fechar a loja. Faltaram outros. Mas há dias destes. Amanhã logo se verá. Ou não.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Mas ganhamos e muito!!!

Pegando na dica da Teresa, na vida também ganhamos e muito. Ganhamos o amor incondicional da familia. A cor única do pôr-do-sol, a luz inspiradora da lua, o refrescante agitar das ondas do mar. Realizamos alguns dos sonhos, amamos e somos amados. Respeitamos e somos respeitados. Gracejamos, sorrimos ou rimos desmesuradamente. Cantamos e dançamos. Lemos. Sentimos. Abraçamos e beijamos. Tocamos e vibramos. Cheiramos amanheceres de verão ou noites de inverno. Aquecemo-nos num fogo forte. Pintamos, escrevemos ou compomos. Educamos, ensinamos e realizamos. Enfim, somos. E ganhamos. Melhor assim:-)?

Perder

Perdemos todos. Todos os dias. A vida é muito mais perda que ganho. Também se ganha eu sei. Mas perde-se mais. Perdemos porque somos mias pequenos, mais frágeis, mais crédulos, mais feios. Porque somos menos competitivos, menos ambiciosos, menos premeditados, menos desconfiados, menos calculistas. Perdemos porque acreditamos de mais, porque não nos sabemos avaliar, porque temos dificuldade em "vendermo-nos" ao outro ou outros. Porque há sempre alguém mais inteligente, mais bonito, mais bem sucedido. Com mais facilidade no discurso, mais organiado, mais conhecimentos, mais amizades. Perdemos muito e todos os dias. Mas a mim o que me custa mais é perder sem saber. Sem saber o porquê. Essa e a perda mais angustiante e frustrante. Mas acontece e é triste.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Raio de sonho...



Hoje voltei a sonhar com a coisa! Até falei com a morte, numa cena tipo Meet Joe Black, só que não era o Brad, era, claro, a Scarlett...:-)
Assim, faxavor de ler um poema bonitinho como este!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Vou mais é para Ermesinde. Eu, o tarado...

Somos sempre o que queremos. Para os outros. E eles que se amanhem.

Um exemplo a seguir....




Esta menina é a Mandatária da Juventude do Sr. Sócrates para as aleições Legislativas. Um verdadeiro exemplo a seguir, portanto...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

...e eu da tal volta.

Parace que a volta começa a ser dada. A tal volta que tanto falavas Beatriz. É verdade que a cunhadinha diz que a volta começou a ser dada há muito tempo. Nem sei. Mas a verdade é que esta de que tanto falavas tem custado a acontecer, mas parece que é desta. Gostava que aqui estivesses, tu que tanto contribuiste para que ela acontecesse. Com esse teu olhar amendoa tão calmo e exaltado ao mesmo tempo. Esse teu jeito natural de ser bonita. Essas tuas palavras que saiam sempre bem, sempre certas. Fazem falta os teus esquiços, a tua alegria, o teu saber. Hoje se estivesses por cá dir-me-ias o de sempre. “Telefona ao teu irmão, vai ver os teus sobrinhos ou almoçar com a cunhadinha!”. Já vi o sobrinho de manhã, vim com a cunhadinha e almocei com o mano. Bem bom. Mas faz-me falta o teu coração. Porque era um coração que sentia. E desses, há poucos Bica.

Tou a precisar de...bom feeling...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A Rainha de Inglaterra, eu e...o Sr. Pinto

Fez há pouco tempo 10 anos que bati na Rainha de Inglaterra. Para desgosto do Sr. Pinto. Trabalhava eu na TELECEL (para quem se lembrar do nome, claro), e tive a meu cargo a dificil tarefa de organizar uma viagem a Londres com 50 clientes para fazer uma das últimas viagens do Concorde. Atento que era na altura ao “mundo”, julgava eu que o Concorde seria uma espécie de combóio ou feira popular. E aceitei claro. Se era evento, festa, animação. Eu trabalhava pronto. Sempre me sacrifiquei desta forma. E lá fomos. Eu, alguns colegas a quem coube tão árdua tarefa e os tais 50 clientes. Nesses estava o Sr. Pinto. O Sr. Pinto é daquelas figuras que nos fazem descer á terra, assim só de vez em quando. Ainda no aeroporto. “então Sr. Luis, está pronto para o voo? Ouvi dizer que ficamos sem respirar:::” disse-me. “Pronto, já vi que vou levar com esta encomenda a viagem toda!”, pensei eu naquela arrogância típica dos vinte e tais. Que já tive. Há muito. “Pois, parece que sim.”, respondi-lhe, mas querendo dizer “ó homem, eu vou é a Londres 3 dias, curtir, embebedar-me o mais que puder e, pronto ok, fazer a tal viagem. Ma agora...eh pá...vá ali para o seu lugar, vai?”. Ele foi. Chegados a Londres, toca de encaminhar a turbe para o hotel, informar das horas de saída para o jantar...e sair até ao jantar, claro. “Então hoje temos um jantar medieval não é verdade?”, disse-me o homem. O Sr. Pinto, claro. “Pois, pois...é verdade:”, respondi. Desta vez respondendo o que pensava de facto. Ás vezes dá-me para isto. Não penso mais que 4 palavras. À noite, encontro á porta do hotel e ala para o Jantar nas Docas de Londres. Tudo no bus. Onde lhes explicávamos quanto era boa e generosa a nossa querida empresa, pelo que proporcionava. O Sr. Pinto batia palmas. Muito animado. Chegados ao restaurante, a coisa era mesmo assim. Medieval. Mesas compridas de madeira, barulheira ensurdecedora, comer pelas tigelas e mãos, e beber pelos jarros. Estava em casa portanto. As vezes que desejara beber pelos jarros. Bom, jantar demorado e bem regado. Como óptimo relações públicas que era naquele tempo, andei de mesa em mesa, bebendo de jarro em jarro. No fundo, fazendo o meu trabalho. Conviver com os clientes. Chegados ao final do repasto, toca a trombeta e dá-se inicio aos combates medievais. Vestem-nos longos panos e colocam-nos pesados capacetes e sorteiam quem faz os combates. Dois contra dois. Sortudo como sempre fui, fui um dos sorteados. Outro dos 4 foi, claro, o Sr. Pinto. Sendo que ele pouco regado. Estava a preparar-se para o combate, dizia-me. Combate iniciado e corro desenfreadamente em direcção á Rainha de Inglaterra. O Sr. Pinto tenta segurar-me, mas eu estava eufórico. Imbatível mesmo. Afinal tenho Gerreiro como apelido. E Pimba. Pimba, pimba, pimba, pimba na Rainha. Em volta ouço aplausos, gritos. Vejo sorrisos. Estava em grande. Momento de glória o meu. O Sr. Pinto tenta segurar-me. Mas estava desenfreado. Novo ataque á Rainha. Pimba, pimba, pimba. Toma lá ó Inglesa. Pimba. A Rainha cai por terra (sim era mesmo terra). E levanto os braços em sinal de vitória. Aguardo a glória. E o prémio, que era um jarro ainda maior. “Você está bem homem?”, pergunta-me o Sr. Pinto. “Eu? Eu estou pois! Ganhámos, dê cá um abraço!”. Ele abraçou-me, e nas costas do senhor só vejo sorrisos histéricos, a Rainha olha-me perplexa. “Então mas, você ouviu bem as regras? Acha que ganhou?”, pergunta-me, num tom paternalista. “Então não ganhámos?? Dei-lhe tantas que a deixei por terra, ehehe....”. “Sim, você deu-lhe mesmo. Mas...a Rainha era da sua equipa....”.
Pimba.

Não é de hoje que me engano. É de sempre.

sábado, 22 de agosto de 2009

...ainda sobre o sentido da vida

Leio uma entrevista de Lobo Antunes, que perguntado sobre porque existem tantos conflitos entre, muitas vezes, entre pessoas que se admiram, responde que "...o principal problema está em perceber até onde somos importantes para o outro. Raramente percebemos que somos sempre um tempo e um determinado momento para o outro. Quando queremos estendê-lo, gera-se a dúvida e, consequentemente, o conflito...".
Mais uma dica para isso a que chamamos o "sentido da vida". Quando aparece a dúvida, e antes que se estenda o conflito, o melhor mesmo é sair, interromper. E esperar que seja de novo o tempo e o momento. O dificil é perceber e admitir que esse tempo e momento acabou. Mas é mesmo o melhor a fazer. Valorizá-lo, guardá-lo e recordá-lo.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O sentido da Vida



...como vês Cats, não tem muito sentido. É deixá-la correr e dar uns bons dias de vez em quando. Senão ficamos como o Howard, somos comidos...

Ouvido numa reportagem sobre Mia Couto...

"A vida só sucede quando deixamos de a entender"

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Uma amiga "desligada"

Tenho uma nova amiga. Digamos que não é bem nova. Reciclámo-nos. Reapresentámo-nos ontem. Diz ela que é meio "desligada". Mas não é nada. Eu sei que não é. Para que percebam ela é assim mais ou menos uma mistura de Julia Roberts (dentes) com Scarlett Johansson (olhar). Granda pinta. Eu só tenho amigas assim. É uma mulher de corpo e alma esta minha amiga. Linda e de coração cheio. Faz-se á vida todos os dias com a força de acreditar em fazer de cada dia um dia melhor, um dia mais feliz. Para ela e para quem ama. Espalha energia positiva e força de carácter por onde passa. Sabe que mesmo ausente, está sempre presente. Mulher de multiplas tarefas e qualidades, tem ajudado aqui o autor nos últimos tempos. Eu sou assim, se ganho um amigo novo, no dia a seguir exploro-o até ao tutano. É só para ver até onde vai a amizade. E pronto é só isto por hoje. Tenho uma amiga nova, e é "desligada". Mas não faz mal.

Regresso

Hoje acordei assim. Choramingas. Por isso cá vai. Acordei a pensar no Paulo e na Sandra. Estão de regresso com os seus principes. E acordei a lembrar-me de um abraço.Já sei que falei nele vezes sem conta, mas não me esqueço dele nunca. Aquele abraço que me deu o Paulo significou juntos para a vida, sempre. E lembrei-me de vária coisas no Paulo. O Paulo sempre teve o papel mais dificil, o de irmão mais velho. É aquele que desbrava caminho primeiro. Faz as escolhas, escolhe as melhores opções, faz-se á vida. Eu vinha sempre a seguir, com o papel mais fácil. Ajudado pelos caminhos dele, com os amigos que ele havia escolhido, copiando os principios e convicções. Tive uns desvios, claro. Mas lá vou tentando. Dele tenho vivas imensas memórias e momentos. Desde putos. De Trás-os-montes a Lisboa. Sempre teve aquela presença. Poucas palavras, mas sempre as melhores atitudes, conselhos, avisos. Lembro-me que, ao contrário da maioria dos irmãos mais novos, eu sempre gostei de usar as roupas que ele já não usava, ouvir os discos que ele comprava. Era uma forma de o ter, sempre. A Sandra chegou-me um pouco mais tarde. Fruto de um encontro desalinhado, conheceu o Paulo. Para mim, foi amor á primeira vista. Sim, porque esse amor acontece. Aos sortudos. Namoro, desnamoro, namoro outra vez e casamento. Tem a maior virtude que uma mulher pode ter para o seu amado. Admira-o e respeita-o como a mais ninguém. São ambos assim. Preenche-o com a emoção desmedida que tem, completa-lhe as palavras com o seu verbo sempre presente e, com ele, constrói um lar feliz. Quando está bem, é a melhor companheira do Mundo. Quando está menos bem, demora pouco tempo. Põe-se bem rapidamente. É um espaço feliz, a casa do Paulo e da Sandra. Aproveitei a ausência, e passei por á uns dias. O ar condicionado e os brinquedos dos meus principes ajudaram-me a passar algumas noites de saudade. Mas está a acabar, eles estão a chegar.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A Disponibilidade do Jacaré

Das 9.00 ás 20.00h na Rua da Esperança, no 9, 2º esquerdo. Sempre disponível. Horário nocturno não será possível, pois digamos que vivo em morada "emprestada"...mas faço deslocações. Assim fica mais fácil certo?
Cá vos aguardo...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Back to Movies & Series



Stories. Good or bad. They just come and go. One bad story comes to end. Another god story starts. Just have to wait. And...keep breathing.

domingo, 9 de agosto de 2009

Os SEMPRES, os TANTO-FAZ e os VÁ-LÁ-DE-VEZ-EM-QUANDO-MAS-NÃO-CHATEIES-MUITO

É simples. É da natureza humana. A forma como olhamos os outros, na maioria dos casos, divide-se em três categorias. Os SEMPRES, os TANTO-FAZ e os VÁ-LÁ-DE-VEZ-EM-QUANDO-MAS-NÃO-CHATEIES-MUITO.
Os SEMPRES são os amores. Os maridos e mulheres. Namorados e namoradas. Pais, filhos, familia próxima. Para os SEMPRES há sempre tempo, mesmo que este seja curto, sabe pelo mais longo. Sobrevalorizam-se as palavras mais insignificantes, extrapolam-se os actos mais simples. Tudo se perdoa. Tudo volta de novo, e cada vez melhor. Perdem-se e recuperam-se. Estão sempre em alta os SEMPRES. São os que queremos, mesmo. Depois vêm os intermédios. Os TANTO-FAZ. Estes aparecem na ausência dos primeiros. Quando não existem aqueles, confundimo-los. Até conseguimos elogiar os TANTO-FAZ. Mas perdoamos menos. Raramente lhes esquecemos palavras menos apropriadas, gestos menos pensados. Vamos ter com os TANTO-FAZ quando precisamos, estamos carentes, necessitados. Nesta categoria cabem a maioria de nós. São os primeiros conhecidos, os companheiro de diferentes fases da vida. Encontramo-los na escola, no trabalho. Vemo-lhes algum valor. Mas não hesitamos. Aparecem os SEMPRES. E são história. Já lá vão. Até desaparecerem de novo os SEMPRES. Não os amamos. Também não os detestamos. Tanto faz. Se desaparecem, rapidamente os substituímos. Corremos até o risco de muitas vezes pensarem que serão os nossos SEMPRES. Mas é sol de pouca dura. Ele percebem logo. Vêm mais do que pensamos, sabem mais do que queremos e sentem mais do que imaginamos.
Depois vêm os VÁ-LÁ-DE-VEZ-EM-QUANDO-MAS-NÃO-CHATEIES-MUITO. São imensos estes. Muitas vezes são os substitutos dos TANTO-FAZ. Aparecem-nos na vida uma ou duas vezes por ano. Queremos acreditar que serão mais importantes. Mas a escolha é dificil, confusa. E tem que ser rápida. Damos muito pouco tempo aos VÁ-LÁ-DE-VEZ-EM-QUANDO-MAS-NAO-CHATEIES-MUITO. Não lhes damos tempo. Rapidamente os fazemos perceber que, na melhor das hipóteses, chegarão aos TANTO-FAZ. Aqui o autor, já há muito que vive entre os TANTO-FAZ e os VÁ-LÁ-DE-VEZ-EM-QUANDO-MAS-NÃO-CHATEIES-MUITO. Mas não gosto. Acho mesmo que vivemos a maioria de nós. Porque os SEMPRES são cada vez mais raros. E porque se têm a eles. Desculpem-me, mas a maior parte dos meus SEMPRES está de férias. E deixa-me assim. No TANTO FAZ.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A Semiótica do Jacaré

Uma pequena lição de semiótica.
Quem consiga ter a incompreensível paciência para ler este blogue mais de 10 minutos, fica a saber que os autores são uma Formiga que escreve pouco, mas bem. Um Urso que há muito hiberbou, e um Jacaré que é o desbocado-mor cá do sítio. Façamos uma análise semiótica ao Jacaré. Finalmente usarei a semiótica. Lendo os comentários aos ajuntamentos de palavras que o Jacaré vai colocando por aqui, e com a preciosa ajuda da semiótica, podemos tirar várias conclusões. Cá vão:
- o Jacaré é um pinga-amor;
- O Jacaré arrebata paixões, tem como leitoras (entre outros), um sem-número de namoradas, ex-namoradas, ex-nao-sei-quês, ex-amigas. Enfim um batalhão de "ex";
- O Jacaré é um homem apreciado dentro do género. Apontam-lhe infindáveis qualidades, desde encantador, cheio de paixão, um coração enorme, um respeitador, um amigo. Quase perfeito o Jacaré;
- O Jacaré é um anjo. Mas sem asas;
- O Jacaré é o homem que todas querem, e até disputam aqui pelo burgo.
- O Jacaré é aquilo a que podemos concluir chamar-se "O MAIOR"!

Deixando a semiótica. Passemos ao real. E o real é tão diferente disto tudo. Assim sendo, doravante tentemos fazer uma avaliação mais acertada da personagem. Rápido concluíremos quão rídiculos são os blogues. Os seus autores. Acreditem. Conheço bem o Jacaré.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Lights on...

As luzes aqui por este lado nunca se apagam muito tempo. Mas deviam.

Assim sem se esperar...


...aparece algo que nos transforma os dias!

É estranho, é assustador, nem sei bem o que é...Sabe bem, angustia...tira o sono, faz sonhar...

Quero isto? Terei de ter resposta? Não sei, não sei se quero saber...

Sabe bem!

domingo, 2 de agosto de 2009

Time to go off...

Ligths off. For a while.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Um estrelinha faz hoje 29 anos




Fazes hoje 29 anos. E já és uma mulher crescida. E linda. De olhar profundo, ficamos de imediato apaixonados por ti. Encantas com o sorriso, com o corpo, mas sobretudo pela alegria que irradias. A famosa luz. Que tantos se julgam portadores, mas ´so aqueles como tu a têm. Sinto a tua falta aqui hoje. Há uns tempos como sabes. Estás ausente há algum tempo e sentimos-te a falta. Hoje á noite, quando for bem noitinha, e estiver junto do meu Joãozinho, sento-me á janela, aponto para ti e explico-lhe que ali estás tu. Parabéns linda Bica

"Errador-Assumido"

Viver com o erro. Custa-nos a todos. Uns ultrapassam facilmente. Voltam a errar como se fosse a primeira vez. Outros erram uma vez e vivem uma vida inteira tentabdo não errar. Aqui o autor é uma espécie de "errado-misto". Erro uma vez e tento não o repetir, caindo no fatal destino de passar a vida a errar. Tenho uma amiga que diz que é o meu karma. Seja isso o que for. Eu não acho. Acho que é uma opção. Assim sendo, sou um "errador-assumido". Basta-me recordar as constantes negas a matemática (tendo eu em casa um comerciante e um génio dos números), que desde logo explicaram a pouca esperteza. Há uns tempos atrás, eu que me julgo pouco influenciável, fui influenciado por uns amigos a ter uma nova experiência. Correu mal. Claro. Passei a minha vida dizendo "eh pá isso não se faz", "não, eu não". E pimba, á primeira pequenita sugestão lá fui eu. Cometer o erro. Arrependo-me até hoje. Sobretudo porque o erro afecta sempre outras partes. Outras pessoas. Naquelas que não pensamos quando o cometemos. Só nos lembramos depois. Ou melhor. Lembram-nos elas. Não de forma evidente. Neste caso aliás, julgo que nunca me lembrou. Por palavras. Mas eu sei. E ela também. E desse erro não há remédio. Não tem cura. Não há flores oferecidas, textos escritos, afectos prometidos ou palavras vãs que o remedeiem. Está lá. Vai estar sempre. Quem me manda ser um Errador. Mas deixa-me triste. Confesso. É bem feito.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Confiança

A confiança é dos sentimentos humanos mais dificieis de gerir, ganhar ou aceitar. Construímos relações assentes na confiança. Eu pelo menos tento fazê-lo. Num mundo cheio de mentira e enganos facilmente a perdemos. Ou ganhamos. Mas é, ao mesmo tempo, um mundo onde, como já vi escrito e dito por tanta gente, só os bons vencem. E os bons são aqueles que facilmente ganham a confiança dos outros, a eles tudo lhes é permitido, dado, desculpado, esquecido. Por isso vencem. E a confiança acompanha-os. Depois existem os outros. Os que perdem sempre. A esses a confiança já não volta. É irreparável. Irrecuperável. O tempo nunca a trará. Para esses, o tempo é a sua clausura.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Espelho


Um espelho muito grande. Deveria ser um objecto obrigatório para cada um de nós. 5 minutos por dia, deveríamos colocar-nos em frente a ele e concluir:
- que somos mais rídiculos do que pensamos
- que somos mais feios do que achamos que somos
- que falamos mais do que somos
- que não somos (para o outro) aquilo que falamos. Somos aquilo que fazemos
- que aquilo que fazemos nos leva (normalmente) ao primeiro ponto
- que não somos para os outros o que os outros nos dizem que somos. Somos aquilo que não nos dizem que somos. A nós.
- que no final de contas somos só mais um. Mais um que precisa de se ver melhor ao espelho.
É isso que somos. Apenas gente que não se vê ao espelho.

sábado, 25 de julho de 2009

...just a summer dream...

Acordávamos os dois com o som forte do mar a entrar pelas portadas de madeira já gastas pela maresia do oceano. No jardim, com os pés refrescados pela relva por onde passeiam pequenas joaninhas, saboreámos um sumo fresco de laranja, acompanhado de croissants ainda quentes da padaria da vila. Caminhámos abraçados até á praia, onde, depois de um longo passeio onde falámos de tudo e de nada, mergulhámos os nossos corpos desnudados naquele mar fresco e translúcido. Foi já quando o sol se punha que regressámos ao nosso refúgio onde jantámos um delicioso carbonnara que te preparei, acompanhado pelo vinho tinto que nos adoçou os lábios. Contemplámos, juntos, a noite escura iluminada pela lua que se sentava no horizonte do mar á nossa frente. Abraçaste-me. Gozámos o silêncio que a noite nos ofereceu e adormecemos os dois. Juntos. Fomos deitar-nos depois. Envolto nos lençóis de cetim que tanto gostas, observo os movimentos ferozes do teu corpo nu. A lua que entra iluminava os teus ombros morenos decorados, onde os teus longos cabelos respousavam. Deitaste-te a meu lado. Abraçámo-nos. Beijámo-nos. Amámo-nos. E o mundo todo só para nós.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Fazes tanta falta

Fazes-me tanta falta Bica. A tua força, o teu optimismo, a tua energia, a tua sabedoria. A tua presença. Foram momentos curtos demais para já terem acabado. Vezes sem conta me disses-te que dava a volta. Não podias ouvir-me com voz menos forte e vinhas a correr. Tinhas uma paciência inesgotável para os meus maus humores. E eras linda. Linda. Já lá vão uns dias, mas parecem anos. Volto ao trabalho, olho para as caixas no chão onde te sentavas com esse teu ar confiante e descontraído e dizias "então, qual é a crise hoje?". Aparecias por aqui sempre a horas em que já devias estar em casa, como se fosse manhã cedo e perguntavas "então, atrasei-me muito?". Enfim, enquanto aguardo uma reunião que desejo corra bem, lembrei-me de ti. Lembrei-me que te chateei no dia anterior a conheceres este cliente pedindo-ye que viesses "apresentável"! Vieste linda. Porque eras linda. E ainda tiveste tempo para lhe dizer no fim da reunião "aproveite hoje que trouxe a roupa nova porque o Luis exigiu, na proxima vá-se habituando ás t-shirts sujas e calças rasgadas". Ele riu.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

O triste triunfo das lagartixas

Há dias assim. Em que concluímos que as lagartixas, afinal, valem muito mais que os jacarés. Os jacarés andam sempre distraídos tentando ser presentes, atenciosos, preocupados, justos, educados. Respeitam. Mas, volta e meia, na verdade vezes demais, são as lagartixas que chegam lá. Vêm valor no seu desrespeito, no risco, no momentaneo. Paciência. Algum valor terão certamente. Senão não seriam escolhidos.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

burro, burro, burro, burro

eu a minha tendência para estragar tudo. burro.

...Pais

O Amadeu e a Lurdes fazem hoje 42 anos de casados. Desde a Sé de Sá da Bandeira em Angola até hoje. Sempre juntos e fortes. Fortes, lutadores, sonhadores, encorajadores, amigos, solidários, ternos, presentes, felizes, divertidos, compreensivos, exigentes, verdadeiros, íntegros, trabalhadores. Isto tudo os dois. Únicos. Dia feliz.

Parabéns

Tivesse eu todas as flores do Mundo e eram tuas.
Tivesse eu todos os beijos do Mundo e eram teus.
Tivesse eu todos os abraços ternos do Mundo e entregava-te.
Tivesse eu todas as cores do Mundo e pintava o mais lindo quadro.
Tivesse eu todos os oceanos e seriam o teu mar.
Tivesse eu todos os amanheceres suaves e seriam teus.
Tivesse eu todas as palavras do Mundo e terias todos os melhores poemas.
Soubesse eu todos os sons do Mundo e terias as mais belas canções.
Soubesse eu onde estás e dar-te-ia o mais terno beijo de parabéns.
Dia Feliz.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Queria tanto...

O teu olhar. O teu abraço. Ouvir-te, ver-te e sentir-te. Fez-me falta. Hoje.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Pure Heart, Soul & Inspiration



O céu é que fica a ganhar a partir de hoje. Ganhou mais uma estrela. Deixou de brilhar aqui em baixo. Era uma estrela feita de alma e coração. Apaixonada pela vida, vivia com a intensidade que só as estrelas têm. Por vezes deixava-nos sem respirar, tal era a velocidade a que vivia. Era um verdadeiro furacão esta estrela. Dedicada, emocional, apaixonada. Deixa-nos com menos brilho, menos vida. Querida Bica, afinal o teu coração não era assim tão perfeito. Maldito coração.

terça-feira, 14 de julho de 2009

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Gordo, estranho, bonzinho e tótó

A propósito de ser gordo, estranho, bonzinho e tótó, cá vai. Muito light e pouco elaborado. Como eu.
Sou,de facto, gordo. Peso seguramente mais 20 quilos do que o desejável e aconselhável. Já a cardiologista me disse que tenho um coração de boi. Estou a tentar reduzi-lo para bezerro. Com o tempo vai lá. Canso-me mais do que devo, compro camisas acima do que desejo, uso calças que nunca ficam bem e tenho que surfar em cima de um barco e não de uma prancha (ai Salema, Salema).
Sou, de facto, estranho. Oho nos olhos e teimo em ver para lá do que é visivel. Acredito que existe uma boa intenção atrás de uma errada acção. Acredito que mais do que as palavras, valem os sons, cheiros, toques e olhares. Acredito que erramos. Todos e todos os dias. Acredito que oferecer uma flor não é estupidamente romantico. É puro. E sentido. Acredito que, mais cedo ou mais tarde, o bem chega. Chega-nos. Aos que o procuramos. Acredito que dizermos que amamos é melhor que nunca amar. Acredito que não tem mal escrever o que sentimos. Acredito na capacidade de respeitar. Acredito que existem muito poucas coincidências. Acredito que, mais do que o corpo esbelto que temos, o carro que conduzimos, os bares a que vamos ou o telemóvel que temos não têm importância nenhuma. Eu que o diga. Não tenho nada disto. Mas já tive. Bem, o corpo esbelto, mais ou menos. Esbelto, esbelto não. Mas mais arranjadinho, isso sim. Acredito que o sorriso dos meus sobrinhos me dão felicidade eterna. Acredito que o amor do meu irmão e cunhada não têm preço. Acredito que nunca vou retribuir tudo o que os meus pais me deram. Acredito que exista quem nos queira bem. Acredito que valemos pelo que somos uns para os outros. Não pelo trabalho que temos. Acredito que existem Princesas. Que são lindas, discretas, desconfiadas, inseguras talvez. Mas que existem. Falta-lhes perceberem que o são. Acredito que existe alguma algures por aí á espera. Quando vir o meu cavalo, não vai querer saber do meu reino. Senta-se e cavalgamos. De mão dada. Passaremos fins-de-semana intensos ou cheios de silêncios. Apenas abraçados. Sentindo. E caindo do cavalo, claro.
Não sou, de facto, bonzinho. Se fosse, nunca teria faltado à catequese para jogar ao quarto escuro. Não teria saltado pela janela para ir jogar á bola, estando proibido devido ás negas a matemática. Nunca teria esquecido tão facilmente quem já amei. Quem me amou (isto partindo do principio presunçoso que já fui amado). Nunca teria roubado chocolates no supermercado do meu pai. E bolachas. E pirolitos. Nunca teria roubado ginginha em óbidos. Nunca teria batido na Rainha de Inglaterra. Imperdoável.
Quanto a Tótó. Lendo o escrito acima, e em jeito de resumo, parece-me de facto. Sou um tótó. Mas antes isso...

P.s. Desculpem a “longura” do texto. Mas já sufocava...não consigo conter-me, sou um tótó já sabem.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Não!!!

Não aceito!! Não gosto!! Não quero!!

Mas isto aqui agora é assim??

Aparece por aí um paraquedista que eu nunca vi mais gordo para vir enfernizar o ppl??!!

Mas que é isto???!!!

Os comentários são livres, pois são...mas ninguém pode vir aqui insultar ninguém, porque aí acaba a liberdade..

O Lu e o Gonças meteram-me nisto...no início até me sentia mal no meio de 2 mentes inspiradas, mas depois fui gostando disto, mais de os ler a eles é certo.

Lu gostava de te pedir para reconsiderares, mas não acho certo fazê-lo....(acabei de pedir...opsss)

É triste saber que existem pessoas (adultas?) com comportamentos destes, que por não terem mais o que fazer andam a meter-se em seara alheia...uma tristeza esses "filmes".

Não aceito!! Não gosto!! Não quero!!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Enough

Por mim fico-me por aqui. Foi com alguma piada que eu e a Cats aceitámos a sugestão do Gonçalo para um blogue a três. No que a mim diz respeito, e sem saber explicar muito bem porquê, acho piada a este universo em quem estranhos e amigos se encontram nestes espaços, partilhando, contrariando, opinando. É por isso mesmo que não fazem sentido blogues em que os comentários são moderados e, muito menos, têm que ser constantemente apagados. Nas últimas duas semanas, apaguei mais do que escrevi. Alguém muito mais sábio que eu dizia-me ontem que quem se expõe desta maneira, tem que estar preparado para tal. Prefiro então a não exposição. A Cats com as suas excelentes fotos e frases pensadas e o Gonçalo (que há-de voltar!!!) com os seus textos sempre arriscados dão o melhor caminho ao cantinho. Eu cá virei todos os dias. E, se me for permitido, colocar os meus comentários. Aqui nos encontramos.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Just the way life is...



...e mais logo conto a historia de como já bati um dia na Rainha de Inglaterra. Acreditem que é verdade...

terça-feira, 7 de julho de 2009

Frase de um Livro lindo oferecido pela Cunhadinha mais linda do Mundo!



"O coração do homem é como um pássaro fechado na jaula do corpo"

Disse.

Será que é bom?

Olhem só o que me veio parar às mãos hoje...

Bolo Formiga

Ingredientes:
8 ovos
2 chávenas de açúcar
2 chávenas de farinha
1 chávena de óleo
1 pacote de natas
150 g de chocolate granulado
200 g de côco ralado
1 colher de sobremesa de fermento em pó

Preparação:
Batem-se as gemas com o açúcar até obter um creme esbranquiçado, junta-se o óleo, as natas e o coco.
Batem-se as claras em castelo. Junta-se a farinha e por fim envolve-se as claras juntamente com o chocolate granulado. Leve a cozer em forno médio durante 40 a 50m.

Façam lá o teste e digam-me se é bom! ;)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Amigos

“Não posso dar-te soluções
Para todos os problemas da vida,
Nem tenho resposta
Para as tuas dúvidas o temores,
Mas posso ouvir-te
E compartilhar contigo.
Não posso mudar
O teu passado nem o teu futuro.
Mas quando necessitares de mim
Estarei junto a ti.
Não posso evitar que tropeces,
Somente posso oferecer-te a minha mão
Para que te sustentes e não caias.
As tuas alegrias
Os teus triunfos e os teus êxitos
Não são os meus,
Mas desfruto sinceramente
Quando te vejo feliz.
Não julgo as decisões
Que tomas na vida,
Limito-me a apoiar-te,
A estimular-te
E a ajudar-te sem que me peças.
Não posso traçar-te limites
Dentro dos quais deves actuar,
Mas sim, oferecer-te o espaço
Necessário para cresceres.
Não posso evitar o teu sofrimento
Quando alguma mágoa
Te parte o coração,
Mas posso chorar contigo
E recolher os pedaços
Para armá-los novamente.
Não posso decidir quem foste
Nem quem deverás ser,
Somente posso
Amar-te como és
E ser teu amigo.
Todos os dias, penso
Nos meus amigos e amigas,
Não estás acima,
Nem abaixo nem no meio,
Não encabezas
Nem concluís a lista.
Não és o número um
Nem o número final.
E tão pouco tenho
A pretensão de ser
O primeiro
O segundo
Ou o terceiro
Da tua lista.
Basta que me queiras como amigo
Dormir feliz.
Emanar vibrações de amor.
Saber que estamos aqui de passagem.
Melhorar as relações.
Aproveitar as oportunidades.
Escutar o coração.
Acreditar na vida.
Obrigado por seres meu amigo.”
(Jorge Luís Borges)

para alegrar o dia...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Parabéns Mano


O meu mano mais velho faz hoje 41 anos. Já falei tanto dele por aqui que só me resta festejar o melhor que puder mais um ano que passa! Parabéns mano velho! Tu sim, és o maior de todos. Olha nós, olha nós:-)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Comentários

Bom, face à insistência e após assunto resolvido, retirei alguns dos comentários do texto "Carta ao Joãozinho". É que era uma Carta ao meu sobrinho. E pareceu-me uma falta de respeito ao tema. Só isso. Por mim, os comentários continuam abertos, é esse o sentido de um blogue (pelo menos para mim). Mas deixo ao critério do Gonçalo e Catarina. Desculpem estas pequenas trocas de mensagens em local inadequado.

terça-feira, 30 de junho de 2009

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Carta ao Joãozinho

“Olá meu querido sobrinho. Tens sido companheiro do Tio ao longo destes últimos anos da minha vida. Tens sido o melhor companheiro que poderia desejar. Tens, já te disse, aquela luz especial, luz essa que te fará brilhar mais que os outros. Não entendas por estas palavras que serás melhor que os outros. Serás diferente. Terás alma. E isso, meu querido, não tem valor. É preciso que saibas que essa luz não te trará mais dinheiro, mais fama, mais sucesso. Não te trará as mulheres que fores amando. Far-te-á não amar algumas que te amem. Não te trará mais ou melhores amigos. Vai trazer-te desilusão. Muita desilusão. Frustração, impotência, angústia, solidão. Não te trará a felicidade eterna. Não existe essa felicidade. Mas vai trazer-te muita coisa. Os que te amam, amar-te-ão sem limite, regra ou medida. Vais ter uma alma livre. Sem correntes sem sentido, sem obediências cegas e absurdas, sem caminhos traçados. Essa tua luz vai fazer-te viajar. Pelas vidas de quem te encontrar, pelos corações de quem te amar, pelos lugares onde o destino te levar. Vais perceber que serás muitas vezes incompreendido. Chamar-te-ão sonhador, romântico, tonto até. Dir-te-ão que vives na Lua, que deverás assentar os pés na terra. Não os ouças. Segue e continua a dançar. Só. Quando deres, não vais esperar em troca. Porque darás sem limite, regra ou pedido. Também aqui te estranharão. Dir-te-ão que ou não existes, ou és falso. Não os condenes. É que essa tua luz torva-lhes a visão. Vais aprender o valor do tempo. Não viverás do imediato. Sonharás com o que está para vir. Sabe desde já que concretizarás uma ínfima parte dos teus sonhos. Porque é assim a vida, dá e tira. Tira mais do que dá. Mas saberás valorizar tudo o que terás. Muitas vezes pensarás nos sonhos que não concretizas. Mas pensarás mais ainda nos que ainda irás concretizar. Viverás na dúvida de saber qual a medida do amor. Concluirás que não tem medida. Encontrarás quem te ame assim. Porque existe sempre essa luz. A luz que tu tens.”

domingo, 28 de junho de 2009

Para o Jacaré


Tás a precisar levantar voo, aqui como esta amiga!!! :)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

shity days...

Passing through really disapointing and shity days...

sábado, 20 de junho de 2009

Working...

My work. The only real thing I know how to do. Sad, but true.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Porque hoje tive uma boa notícia...



...vou pedir o macaco ao Robbie e vou até Vegas!!!

terça-feira, 16 de junho de 2009

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Os meus putos


Hoje apetece-me falar dos meus putos. Não são meus, mas vou fingir que são. Só hoje está bem? Tenho 3 putos. O Miguel, o João e a Carolina. O Miguel é o verdadeiro reguila. Desde pequenino que tem um sorriso enorme, sempre presente. Tem a traquina típica do puto de 2 anos e meio, sempre cheio de energia. Adora o Noddy (no Natal de preferência), a bola de futebol, o boneco para dormir e...tudo o que for do irmão. Com ele é sempre em frente. Este não vai ter muitas dúvidas na vida que o espera. Tem o mano João, a caminho dos 7 anos. É um puto brilhante. Bom aluno, adora os números, mas gosta de escrever. Escreve muitos bilhetes. Aos pais e às namoradas. Disse-me há dias que já teve 4 (!). Bem, eu conheço 3, quem será a 4ª? Quando dorme lá em casa com o Tio, não me deixa dormir, tantos são os pontapés. Mas é uma delícia adormecê-lo. Adora Gormittis, a PSP, a bola de futebol e é o companheirão do Tio. Sempre. A Carolina já tem 12 anos. Falamos pouco e ainda menos nos vemos. Tenho pena, deixei de a ver crescer. Mas vai dando notícias e sao quase sempre boas. Está na fase da adolescência, tem um namorado que ama (palavras dela!!), e está bem. E é linda a Carol. Podia ainda falar dos meus meninos do Dona Rainha. Os meus 16 meninos e meninas. Sinto-lhes a falta, também há tempos que não os vejo, mas vou sabendo que estão todos pelo bom caminho. Parece que temos uma festa de aniversário esta semana. E ainda bem. Gosto de festas e eles também. Lá mataremos saudades da guerra das almofadas, para desespero da Ana e da Lucia. Hoje está a ser um daqueles dias menos bons, em que temos certezas contrárias ás dúvidas a que aspirávamos. Mas logo mais vai passar, porque chego a casa e abraço-os a todos. Aos meus putos...

Sabem...

...aquelas pessoas que mesmo não sendo muito presentes, por pequenas coisas, palavras ou gestos, nos aquecem a alma?

Ainda bem que existem! :)

terça-feira, 9 de junho de 2009

e agora????

Certamente acedido por um acesso de loucura, um amigo meu convidou-me para escrever uma letra para uma canção. Bom, das duas três. Ou é louco. Ou nunca me viu escrever certamente. Ou a terceira hipótese (a mais provável), nunca a irá compor. Quando chegar a altura já estou mesmo a ver. "Então a minha música, ficou boa?", perguntarei. "Eh pá Luís, é verdade, quer dizer, como te hei-de explicar...humm. eh pá sinceramente...aquilo estava uma merda. Compreendes?". E eu compreenderei, obviamente. Se existe algo de que ainda tenho certezas (uma ou duas vá lá), é a de que só conseguirei escrever algo assim mais ou menos Toy-Ana Malhoa-Brigada do Reumático (existiu esta banda, para quem não saiba). Bom, de qualquer das formas, estou decidido. Vou escrever uma letra para uma canção. Ou melhor. Vou escrever uma letra que nunca será uma canção. Assim, venho encarecidamente pedir sugestões de temas. Como a maioria saberá, só me ocorre um tema. Fazer o amor. É o que gosto mais. Ou melhor. É o que gostaria mais. Faço pouco. Mas enfim, para não ser uma letra que nunca será uma canção assim para o deprimente, peço sugestões. Também já me ocorreu escrever sobre Fazer o Amor. Mas, não sei porquê, soa-me a deja vu. Aviso que já tive uam sugestão. "Eh pá, escreve sobre gajas! Eu gosto de músicas sobre gajas!!!". Assim sendo, já tenho um tema. Aguardo então sugestões...ah, só mais uma coisa. Os temas deverão ser sugeridos nos próximos 15 dias. Ele pediu-me a letra para Setembro. Como sabem, o meu raciocínio é tão lento, que preciso de tempo. Sobretudo tempo para não seguir nenhuma das sugestões. Nestes 3 minutos de texto, já me ocorreu o tema. Fazer o Amor. É isso. Vai ser sobre Fazer o Amor!!!

because...

Não é um Adeus...é só isto

Não encontro outra expressão. “Sweet breeze” é mesmo a correcta. Nunca fui brilhante nesta coisa da palavra correcta. Assim, opto pelo mais fácil, digo a que sai. Espero que saia bem. Foste mesmo uma brisa que apareceu assim. Inesperada, simples, forte. Esse teu jeito discreto de ser bela. Essa tua forma incrível de seres forte. Essa tua maneira única de ser tão sweet. Aos poucos a brisa foi ganhando forma, rosto, palavras. Trouxe com ela sensações novas, confortáveis. Foi inspiração. Motivação. Sonho. Mas é uma brisa que segue o seu caminho. Imparável. Sem parar. Pelo menos aqui. Comigo. Sei hoje e agora. Precipitadamente tentei mudar a tua direcção. Para não saires e ficares sempre aqui. Mas não é o teu lugar. Tens outro sítio onde estar. E ainda bem. Que te deixe ser livre como gostas. Te alimente essa emoção sem limite. Essa luz. Quanto a mim, é muito simples. Aqui estou. No sítio de sempre. À distância de um clique, um telefonema, uma mensagem. Que sejas sempre feliz. Não é um adeus...

sábado, 6 de junho de 2009

O Hotel, a Bichana, a Julie e o Capacete...

Voltando a boas memórias de outros tempos, lembro-me que já fui um rapazinho bem divertido. Numa idade que já não me recordo, passava os verões a trabalhar como barman num restaurante de primeira nas Dunas Douradas, algarve. São tantos os episódios que me ficam desse tempo, que seria preciso um novo blogue para os relatar. Assim, e quando tiver paciência ou me apetecer, contarei alguns deles. Não porque os ache dignos de serem lidos (aliás, como tudo o que escrevo...), mas apenas porque me trazem alguma alma a estes tempos tão desalmados que vivo. Lembro-me que no primeiro ano que para lá fui desde o primeiro dia que desejava entrar no Grande Hotel da Quinta do Lago. Diziam-me que era uma recepção majestosa, cheia de gente do Mundo inteiro, frequentado por ícones como Madonna, Bryan Adams, Billy Joel...por aí...Dizia cá para mim, um dia entro naquela recepção como se fosse um milionário americano e peço a melhor suite que tiverem. Todos os meus colegas me diziam para me por no meu lugar, que me expulsariam mal me vissem, que esquecesse aquele hotel. Sempre fui um puto meio obstinado. Ou parvo. Não distingo bem a diferença. Acontece que, como era o puto mais novo do restaurante, cabia-me a mim fechar o bar todas as noites. Tinha várias recompensas. Acompanhava sempre as filhinhas dos ingleses completamente embriagadas aos quartos (mas, como já referi atrás ser meio parvo, nunca ficava). Outra das recompensas era que o patrão me deixava ficar com uma mota para ir para casa àquela hora. Bem, não era bem uma mota. Era uma motocicleta a pedais (alguém se lembra???). Quando nos lembramos que já andámos numa motocicleta a pedais, é tempo de perceber como estamos velhos. Enfim seguindo. Um dia, enchi-me de coragem, convidei uma das tais inglesas embriagadas e fomos dar um passeio à praia. Eram 1.30h da manhã. Não se via estradas, bermas e muito menos a praia. Mas lá fomos. Montados na bichana (era assim que lhe chamávamos), lá segui eu e a Julie (não me recordo do nome, mas este parece-me adequado), por ali abaixo até á praia das Julianas. Escuso-me a contar os vários percalços existentes no caminho, pois as motas nunca foram o meu forte. Muito menos ter que as pedalar. Ás tantas, e sentado na areia da praia lembrei-me que era naquele momento que eu iria entrar pela recepção do Grande Hotel. Triunfante, acompanhado de uma linda estrangeira. Convencida facilmente (o meu inglês para embrigadas sempre foi perfeito), lá fomos estrada acima até ao Hotel. Chegados á porta, aprumo a minha pouca roupa, estaciono a bichana e, de braço dado com a Julie, lá entro de forma gloriosa, arrogante e triunfante. "Boa noite, quero um quarto duplo por favor!", disse eu do alto dos meus 17 anos. O conciérge (sei disto para cacete!), pergunta-me se está tudo bem comigo. Mau. "Sim, quero reservar um quarto duplo, ou melhor, quero a melhor suite que tiver!". Julie acena que sim com a cabeça, como que dizendo "Yes, I'm with this charming and beautifull portuguese boy!". Volta a questionar-me. "Mas, senhor Gomes, por nós tudo bem, temos uma suite disponível, mas...". Eu sabia. Isto estava a correr bem demais. Insisto (sempre altivo como um puto de 17 anos a entrar num Hotel de 5 estrelas deve ser!)"então se está tudo bem, qual é o seu problema? Estou mal vestido é isso? Não tenho uma aparência digna de entrar no vosso hotel? Diga lá homem, qual o problema?". Olho para Julie que expressa nos seus olhos "I love this boy. What at courage, wath a speech!". Recebo a resposta calmamente. "Senhor Gomes, é claro que pode entrar no nosso hotel, e teremos a suite preparada. Mas, se não for incómodo para si...preferíamos que tirasse o capacete. É a única forma que tenho de confirmar a sua fotografia do BI." E assim se explica que a vida é feita de muitos pequenos detalhes. Ali aprendi a primeira lição. Nunca sair com uma mulher que não nos avisa para retirar o capacete...

a vida é, de facto, um pequeno tempo emprestado...

Acredito em absoluto que a vida é um tempo emprestado. Devemos gozá-lo o melhor possível. Quanto a mim, tempo usá-lo da melhor forma, vivendo um dia de cada vez, absorvendo os cheiros, sons e sentidos que me rodeiam. Tento dedicá-lo o mais que posso aos que estimo, que amo. Tenho sempre a sensação que cada pessoa a quem dedico tempo, mais cedo ou mais tarde, se tornará uma perda. Mais do que uma sensação, é um facto. Não entendo porquê. Mas concluo que desperdiço cada vez mais este tempo emprestado que vivo. O barreira entre a vida e a morte é, claramente, um traço muito fino, invisível. Não tem forma ou cor. De um momento para o outro, o tempo acaba-se. É por isso mesmo que, bem ou mal, tento que este tempo seja único, forte, intenso e sobretudo, vivido. Há que desfrtutá-lo então. Até porque, depois de ultrapassada a tal barreira invisivel, virá outro tempo, outra vida, outras perdas.

...really trying...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Querida Violeta

Se estivesses a chegar, dir-te-ia isto!

Querida Violeta!
Estás quase a chegar. Os manos estão ansiosos que chegues. Bem, na verdade, só o mano João, pois o Miguel ainda não descobriu tudo no mano mais velho, quanto mais passar já para o mano mais novo.
Ficas já a saber que tens uns manos lindos. O mano João tem uma luz tão grande com ele, que te vai levar a viajar até á Lua. É um brincalhão, monta as sua snaves espaciais, foguetões, motas e carros e menos de duas horas (o tio demoraria 1 mês, sendo optimista). É muito inteligente o teu mano mais velho, adora matemática e inglês. Já escreve cartas de amor (está apaixonado pela Laura, Margarida e Eva). Tem um coração grande o João, cabem lá muitos amores. Vai ser o futuro capitão de equipa do Sporting e escritor. Escritor é ele que diz, a parte do sporting não ligues, são fantasias do tio. O mano Miguel é uma espécie de furacão. Revira tudo à volta dele, deixa os avós extenuados, não larga os dvd's (tem que ser dvd) do Noddy, tem pelo menos 4 bolas de futebol. Os manos vão preparar o quarto dos brinquedos só para ti. E olha que vai demorar!! Querida Violeta, tens que vir com alguma paciência para os avôs Amadeu e Silvério. Um gosta muito de beijinhos e o outro gosta muito de tudo, de te proteger sobretudo. Fazem-no por amor. As avós Lurdes e Madalena são mais fáceis. Desde que lhes elogies a papinha e durmas melhor em casa de cada uma delas, está tudo bem. Depois os teus papás. Junto com os manos, serão a tua vida. Tudo farão por ti, como já fazem pelos manos. Amam incondicionalmente, ajudam na escola, brincam nos jogos. Não te vão dizer sempre que sim. Mas verás que serão poucas as vezes que te dirão não. Não terão motivos, pergunta aos manos, eles sabem. São os teus papás Sandra e Paulo que rirão muito contigo, te limparão as lágrimas que verteres, que te darão as respostas que não souberes, te apoiarão no que escolheres. É uma familia assim esta para onde estás a chegar. Cultiva o amor, incentiva a criatividade, estima o bem estar e, sobretudo, procura a felicidade. E encontra muitas vezes. Estás a chegar Violeta. E esse vai ser mais um momento de grande felicidade. Esse e a tua vida futura, espera bem este tio que te amará tanto com aos manos. Ah é verdade. Depois existe este tio. Facilmente perceberás que é aquele que terá mais dúvidas que tu, chorará mais que tu, escolherá pior que tu. Mas brincará tanto como tu, amará tanto como tu e, o principal, é o baby-sitter que te mudará fraldas, dará de comer e verá horas intermináveis de Noddy quando os teus papás vão para o laréu...!!!

Mandaram-me isto...

Mandaram-me isto há tempo, parece que é para mim...

"Recomeça...
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar
E vendo,
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças."

Miguel Torga

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Acerca de sonhos, capacidades e vontades

Vou contar uma história. Conto muitas histórias, com o passar do tempo, e avolumar de cabelos brancos, vou ganhando uma espécie de Avôcantigaslite. É a história da C. (ela não se importa que a partilhe). A C. é uma menina de 20 anos, orfã de pais, que cuida dos seus 3 manos mais novos desde os 6 anos de idade. Crescida, educada e formada sem o calor do afecto materno ou protecção paterna, construiu a sua personalidade, enfrentou imensas adversidades, sempre de forma corajosa, nobre e, muitas vezes, impetuosa. Conheci-a durante uns 6 meses e sempre lhe vi aquela luz (igual á do Joãozinho, meu querido sobrinho), aquela força, aquela vontade de viver e vencer. Hoje, passado algum tempo que não sabia dela, disse-me que entrou para o Conservatório, e começa audições em Agosto. Parece uma história simples, até banal. Mas não é. A história da C. é uma história de força, garra, nobreza, sobrevivência e auto-preservação. De acreditar nela própria, de contornar dificuldades, de escolher bem os caminhos. É também a história de recusar o óbvio, eliminar o negativo, focar-se no essencial. Repito, a C. tem 20 anos. E já ensina tanta coisa. Parabéns a ela. Parabéns a quem tem feito este caminho com ela. Parabéns a quem a descobriu, avaliou e encorajou. Se a soubessem toda, acreditem que seria uma história de filme. Mas não é. É uma história real.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Words are not enough...



...and today, that's the only thing I want to say. Just listen very loud, keep it with you and...just have fun and be happy sweet princess...

sexta-feira, 29 de maio de 2009

quinta-feira, 28 de maio de 2009

És Princesa no teu Reino

Hoje é dia de festa. Um dia Feliz. A Princesa do Reino faz nos. 38 anos atingidos na felicidade plena. Limpem o Castelo, estendam a passadeira, afinem os violinos, que a Princesa Sandra faz anos. Junto ao melhor Príncipe do Mundo - o Príncipe Paulo -, vai receber-nos no seu reino. Os Pequenos Príncipes João e Miguel já têm os desenhos preparados para oferecer a sua mãe. A sua querida mãe. Virão também os Reis e Rainhas Madalena, Lurdes, Silvério e Amadeu. Vêm todos comemorar os 38 anos da Princesa que quer um dia sobrevoar Mundo e passear pela Austrália. Pode estar perto o dia. Para já, é Princesa aqui. Onde zela pela felicidade dos seus. É uma Princesa sensível, terna, meiga, bem disposta e, sobretudo, presente. Sempre presente junto dos seus. Lá no seu Reino. Parem os carros, limpem as ruas, soltem os pássaros, acendam a Lua. A Princesa Sandra faz anos. E hoje é dia feliz no Reino. Um abraço e um beijo muito forte para a Princesa.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Ganhar Asas

“...sentado olhando aquele Mar que tanto o acalma, Francisco recorda-se do seu encontro com Sofia, naquele dia chuvoso em Picadilly Circus. Sofia tocava o seu violino com a habitual paixão e alegria, contagiando quem passava. Acedeu, mais uma vez, aos pedidos de Francisco para passearem pelo Hyde Park onde, ao som dos discursos loucos do Speakers Corner, falaram pela última vez.
- Sabes Francisco, ainda hoje não entendo porque apareces-te assim, num repente, na minha vida...
- E tens que entender Sofia? Porquê tanta interrogação, tanta dúvida, tanta pergunta?
- Porque me custa a entender essa tua admiração, ás vezes dou por mim a pensar que não é possível ser verdade tanto do que dizes ou fazes. É como se o Francisco que conheço não existisse...
- Mas eu existo. E o que conheces é o que sou. Mas é simples Sofia, pela última vez te explico o que até para mim parece inexplicável. Como sabes, a determinado momento da minha vida comecei a questionar tudo o que havia feito até então. O que construira profissionalmente, as paixões que tive. As que acabei e as que nunca comecei. Quando te vi pela primeira vez, soube logo ali que o que procurava há tanto tempo, estava ali. Um corpo de mulher em perfeita sintonia com o seu violino, imune ao som dos que passam, sem regra, sem limites. Eras só tu. No teu Mundo.
- Mas...eu sou uma mulher igual a tantas que certamente já encontras-te...- diz Sofia, incomodada.
- Não, não és. O teu olhar trasmite paixão, força, energia. Não me peças para explicar mais, não encontro mais palavras. Fico sempre com a sensação que não consigo dizer-te o que penso ou sinto. É sempre pouco.
- Mas mal nos conhecemos Francisco. E sabes que eu tenho uma vida, tenho alguém a meu lado...
- Eu sei Sofia. Mas estes momentos em que te vejo ou te falo, fazem-me ganhar asas para voar sobre todos os males do Mundo, contigo atravessaria o deserto do Mundo...
- Mas Francisco, não me sinto capaz de te dar tudo isso...
- Já deste Sofia...”

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O Príncipe

Uma história real então. Sobre um Príncipe. Mas um Príncipe real. Nas minhas viagens matinais com a cunhadinha a vida passa por nós com histórias, passagens, momentos. Nossos e de outros. A propósito da Felicidade, lemos hoje numa parede: "a felicidade não se procura, vive-se". Confesso que não faço a mínima ideia se é uma frase retirada daqueles sites com frases de famosos escirtores, filósofos, sei lá...mas eu aposto que sei quem é o autor. O Autor chama-se João. Vemos o João todos os dias. Eu e a cunhadinha. Ali está, todos os dias, sempre ás mesmas horas, no mesmo sítio. A brincar chamo-lhe o Princípe de Alfama. O Príncipe de Alfama é um arrumador. Mas não um arrumador qualquer. Sempre com um sorriso nos lábios, faz-nos interrogar o que o fará feliz. Tem sempre o mesmo método, fala todos os dias mais ou menos com todas as pessoas. O João é simpático, atencioso, vaidoso (sempre em grande estilo nas suas roupas), e cortêz. Sim cortêz. Olhamos para ele e vemos como tem gozo no que faz. Sem preocupação pelo que já fez, sem pensar muito no que podaria ainda fazer. Ali manda ele. É um Principe no seu reino feito de calçada portuguesa com o Tejo à vista. Ostenta orgulho e auto-estima. Nota-se pela forma como sorri, nos seus gestos. Insiste em convidar a cunhadinha para uma voltinha à sexta-feira à noite. Tem-lhe paixão. Pelos vistos. É por isso que quando a cunhadinha se aproxima do seu reino, preocupa-se em estender a passadeira vermelha, aprimorar o seu sorriso, preparar-lhe a estadia. Vive ali, sózinho, procurando companhias anónimas diárias. Companhias que, na maior parte dos dias nem o vêem. É-lhes invisivel o João. Mal sabem elas que estão perante um Príncipe. O Princípe de Alfama. Ali ele é feliz.

Se tivéssemos uma história...

Se tivéssemos uma história, seria assim...
Hoje só quero gritar bem alto, contar ao vento esta vontade insaciável de te ver, te rever. Explicar aos deuses poque és o meu maior desejo, a minha maior vontade. Sinto-me a sufocar de uma loucura saudável. A loucura de te imaginar nos meus braços, sentir-te perder nos meus beijos. É um desejo doce este que tenho. Soubesse eu recitar-te os mais belos versos, cantar-te os mais suaves sons. Foste inspiração para as minhas noites, motivação para os meus dias. Foram curtos os tempos que tivemos, mas encheram-me os dias. O coração. Cheguei no momento e no tempo errado. Sem tempo para voltar atrás, repetir palavras nunca ditas, saborear beijos nunca dados, partilhar olhares nunca partilhados. Foi uma espécie de história sem enredo, livro sem palavras, filme sem imagens. Mas foi. Não procurei a nossa história. Tu, muito menos. Mas ela aconteceu. E acabou. Assim, antes do tempo, antes de existir. Antes de te ouvir, sentir ou ver. Mas não faz mal. Porque nós...não temos uma história.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

friends

To be a friend:
- ask if it's everything ok with him
- tell him good mornig, good afternoon or good evening
- send him an email, sms, mms, wathever...at least 1 time per month
- be concern with him
- laugh with him, cry with him, shout with him
- have a coffee, caipirinha or just water at least 1 time per month
just let him know that you are alive. simple. Otherwise, just tell him to f... of. simple. also.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

so simple, isn't it?

Bumper!!!




Hoje recebi este presente do meu sobrinho logo de manhã. Chama-se Bumper. Bonito não é? Não acreditam? Perguntem aos pais...

P.s. o Miguel tem dois anos

quarta-feira, 20 de maio de 2009

de maneiras que hoje estou mais ou menos assim...

Se estivesses aqui, agarrava-te e...dançávamos.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Brisa feliz

Brisa fresca. Chegas deliciosa sem aviso. Partes, assim de repente, sem notícia, no silêncio absoluto. Deixas-me assim na ausência do teu som, teu cheiro, teu sabor. Fica-me a memória de breves mas saborosas sensações. Ilusões, sonhos, desejos. Segues outra direcção. Provavelmente a direcção que há muito tempo escolheras. Fui apenas uma breve e acidental paragem na tua viagem. Numa viagem que não é a minha. Deixas o sabor recordado da tua frescura, a voracidade da tua força, a energia da tua existência. Segues imparável e feliz. É o destino de brisas frescas. Como tu. A felicidade.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A Palavra

Vou explicar. A vantagem de sermos só palavra. Se formos só palavra, tudo depende das palavras que usamos, escrevemos ou dizemos. Sabemos escrever ou não. Temos a palavra certa para o momento ou não. Escolhemos usar a palavra ou não. Depois passamos da palavra para o resto. Para a desvantagem. Porque a partir desse momento, é o ponto de não retorno. Dão-se os encontros. Os olhos encontram-se, interpretam-se e não se lêem. As mãos tocam-se, sentem-se e largam-se. Assim, sem avisar. Os cheiros cruzam-se, misturam-se e não se saboreiam. Os corpos vêem-se, apreciam-se e afastam-se. Aqui a palavra já nao vale. Não interessa. Não importa. Passa de principal e secundária. De essencial a acessória. De importante a insignificante. De música suave a nota mal tocada. De luz intensa a escuridão total. Porque enquanto somos só palavra, temos alma, temos coração, somos. Depois disso, somos apenas a forma do corpo, a cor dos olhos, o perfume que usamos, a roupa que vestimos, o carro que conduzimos, a casa que temos, o bar a que vamos, o restaurante onde comemos, a gente que conhecemos. Somos nada. Porque nesse ponto de não retorno, já não ouvimos. A palavra. É pena. Mas é o que somos. Nada mais.