quarta-feira, 30 de setembro de 2009

SSSHHHHHHIIIIIIUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Gestos

A percepção outra vez. Engana-nos muito a percepção. Fiamo-nos no instinto, dizemos. Achamos que adivinhamos. Acontece que, ao que sei, a percepção aloja-se no cérebro no mesmo local da emoção. E é por isso que ela nos engana. Faz-nos negar a evidência. Faz-nos acreditar no contrário do real. Faz-nos imaginar o inimaginável. Julgar possível o que é, de todo, impossível. Quando confrontado com decisões criticas na minha vida (sejam pessoais ou profissionais) lá ponho a percepção a funcionar. Não quero defraudar, magoar, afectar ou transformar-me num intruso. Porque o faço muito facilmente. Levado pela emoção, vou por ali dentro e...estrago. Ora é por isso mesmo que, seguindo aliás conselhos já aqui escritos, cada vez mais me tento gerir pelos gestos. Saber interpretar os gestos é uma vantagem na tomada de decisões. O que está antes e provoca aquele gesto? Leva tempo a pensar. Mas bem pensado, facilmente concluo. Foi o caso de ontem. Um gesto tão simples valeu por todas as palavras do mundo. Mas ainda bem, porque de palavras...está o mundo cheio.

O teu dia

Contaram-me que planeias casar em breve. Que estás ansiosa. Que é o amor da tua vida. Que estás feliz, muito feliz. Foi uma boa notícia esta que me deram hoje. Não te imaginava assim tão perto desse dia. Mas fico feliz. Acredita que fico feliz por ti. É um tempo bom esse, o de planear um casamento, estabelecer objectivos em comum, procurar a casa onde serão felizes, os objectos. Escolher as cores de tudo. Azulejos, toalhas, pratos, cortinados. Planear o dia. Onde casar, quem convidar, onde dançar e comer. Do que te conheço, imagino-te num casamento de final de tarde na praia. Que musica escolher para a vossa dança. Escolher alianças, vestido e fato. Combinar ao pormenor com os padrinhos. Preparar para o choro dos avós e a alegria das crianças. Reunir amigos e juntar familia distante. É um dia bom o dia do casamento. Eu sei. E gostava de ser convidado. Porque gosto de casamentos. Mas principalmente, porque será um dos dias mais felizes da tua vida. E eu gostava de ver os teus olhos. Felizes. Deixo-te uma música. Será a tua música. Nesse dia.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Olá Sobrinho

Olá querido. Tem estado tão ausente o tio. Estou cheio de saudades. De ti, do mano e dos pais. Hoje almocei com o pai, e soube bem. Basta-me vê-lo. Espero amanhã vir com a mãe de manhã. Por a conversa em dia. Ouvi-la que gosto tanto. Se bem que, coitada, ouve-me muito mais do que eu a ela. Mas não é por mal É só porque a vida do tio ultimamente é um carrossel que não pára nunca. E leva-nos a todos. E queria tanto que parasse João. Não imaginas o bem que me faz o teu "olá tio, estás onde?". Fazes sempre a mesma pergunta. E sabe-me sempre tão bem. Qualquer dia é o mano. Embora menos, quer-me parecer que o mano Miguel é menos para estes lados, ehehe. O tio amanhã combina com a mãe para ir aí jantar está bem? Quero saber como vai a tua escola, as tuas namoradas e a tua professora Leonor, que o tio gosta muito, ehehe. Hoje tentei colar as patas do Jacaré que me deste. Sou um trapalhão, não correu nada bem. Vais ter que me ajudar. O tio nunca foi muito para as artes manuais. Nem para nenhumas artes, vendo bem. De artista tenho pouco. Bem querido tá na hora de ir. Dá um abraço grande no mano e no pai e um beijinho do tamanho do mundo á mãe. Que está doentinha, tens que a tratar bem está bem?

post rápido 2

...é que n escrevi tudo no outro.
Como brilhante cronista que sou tenho recebido diversas manifestações acerca dos conteudos do pasquim. Parece que incomoda e deixa desconfortável. É insistente, masoquista e tonto. Não faz sentido e é uma perca de tempo e energia. Bom, o tempo médio em cada texto sao 2 minutos. Energia gasto pouca. Quanto ao resto, estou de facto esclarecido (e o esclarecimento veio de uma forma tão simples). Peço desculpa pelo incómodo. Nunca foi a intenção. Nunca.

Post rápido

Existem os amigos. Depois existem os amantes. Existem ainda os amigos e amantes. Existem os amantes não amigos. E existem os não amigos. E depois existem os amigos tontos. Existem os amantes afortunados. Existem os desafortunados. Existem os amigos que deixam de ser. Ou que nunca deveriam ter sido. E existem finalmente os amantes que nunca foram. Nem serão. Existe isto tudo. Só há um remédio. Distância e tempo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

se tivesse um blind date

Bom, se eu tivesse de facto um blind date, gostaria que a Sra.Pipa (pode ser pipinha?), correspondesse a alguns predicados:
- ser compreensiva, acertiva e positiva;
- ser passional e solidária;
- ser linda como um por-do-sol na comporta;
- sóbria como um rio que corre abandonado pelas margens do gerês;
- simples no sentimento e vaidosa no comportamento;
- corajosa, empreendedora e lutadora;

Pronto, era assim que gostaria que fosse a Pipa. É que, uma mulher assim eu já conheço, só quero igual. Se for, marcamos para amanhã. Combinado?
Obrigado pelos vossos bondosos corações, nobres atitudes e compreensivas mentes.

A Pipa é assim?


Este blogue tem uma história. Por vezes parece uma história de Fassbinder ou Tim Burton, mas tem. Nasceu de uma conversa no msn entre três amigos. Provavelmente três tristes tigres. A avaliar pelo que lemos hoje, um tigra mais triste que os outros tigres. Aos poucos a morada do mesmo foi circulando, de boca em boca. Aos poucos vai tendo uns fiéis seguidores. Ou infiéis sei lá. Terá certamente outros que, mantendo-se no anonimato, aqui passam, lêm, vão embora e regressam. Um dia qualquer. Tem os seus três autores. Uma Açoreana inspirada, um ganda maluco da outra margem e...eu, que sou...sei lá. Bom continuando a historia. Neste tempo desde o ínicio, os seus autores mudaram de vidas, viajaram, conheceram, sentiram e, desbocados como são, escreveram. Aqui. Mas o mais curioso da história deste blogue, é que deverá ser o único onde alguns dos seus seguidores são assim uma espécie de mistura entre Bruxo Alexandrino e Professor Karamba. Adivinham as mentes dos autores, aconselham-nos, corrigem-nos, alteram-nos. São brilhantes estes seguidores. Digo eu. A um texto sobre amor, acrescentam nomes, pessoas, momentos, recordações. A outro sobre bondade ou maldade, lá vêm outra vez as pessoas, nomes, lugares. Fala-se do tempo, e toma lá, que o tempo é assim, porque tu (autor) és assado. Enfim. A história deste blogue é um exercicio brilhante de psicanálise. E ainda bem, porque me confesso necessitado. Imaginem que este blogue até já deu para criar amizades entre estranhos, confidências entre pólos opostos, ódios entre desconhecidos. É uma história estranha a deste blogue. Sobretudo porque quando começou, começou porque queria ser divertido, positivo, partilhador, sei lá, coisas assim...e depois ainda tem este autor. Como se não bastasse apelidar-se de Jacaré, comporta-se como um...urso. Que filme daria isto.

P.s. parece até que o blogue já deu para uma autêntica acção de caridade. Juntaram-se uma amiga inspirada que me acha desinspirado, uma amiga que ja foi uma espécie de namorada e considera-se expert na matéria, uma irmã desta (que não encontro razão alguma) e uma amiga que nunca será namorada e que, coitada, está farta de me ler e ouvir. Parece que, preocupadas com o meu estado (será terminal?), e pelo mais que evidente insucesso, resolveram preparar um blind date ao jacaré. Mas não um blind date qualquer. Teve concurso e tudo. Houve uma eleita (parece que se chama Pipa. Será mesmo Pipa??). Bom, fico a aguardar o date, porque de blind já me chega.

sábado, 19 de setembro de 2009

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Serei só eu?

Passo demasiado tempo comigo. Estranho mas verdadeiro. Ás vezes sou-me mesmo chato. Monótono. Repetitivo (isto dizem-me ser já da idade avançada). Mas é mesmo esta a sensação. Ainda se me fosse um gajo simpático. Ou bem disposto. Ou bonito. Sim bonito, se me fosse um gajo bonito ainda me beijaria a mim próprio no espelho. Nem abraçar-me me posso. O perímetro descomunal da barriga não o permite. Ou divertido. Sempre me ria de mim próprio. Contava-me piadas a mim mesmo. Ou dez anos mais novo. Sempre me emendaria a mim próprio. Chamar-me-ia a atenção a tempo de mudar. E passaria, então com 10 anos mais novo, aí sim mais tempo comigo. Hoje é assim meio chato. Meio complexo. Vou procurar outra companhia, pronto. Luis, desculpa, mas irra que és chato...

Quase perfeito


É só uma música. Não é mais nada. É para ouvir, sem interpretar, comentar ou concluir.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A percepção

A percepção é uma característica que só alguns de nós desenvolvem de forma mais intensa. Aqui o Jacaré, infelizmente, é um gajo cheio de percepções. Sempre fui. Se exceptuar o tal encontro com a Barmaid do Plateau (aí a minha percepção enganou-me), raramente me deixou mal. A tal percepção. Se é bom ou mau, ainda não percebi. Tem dias. Hoje foi má. Preferia que me tivesse enganado. Mas é assim, talvez lhe agradeça mais á frente. Á percepção claro.

Time for the real change...

Changes are not so difficult...just follow the signs. Easy.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Tão chato que é o tio...

Mais uma carta ao Joãozinho

Olá querido sobrinho. Já vai tempo de deixar o querido não é? Já não és bébé, eu sei. Mas o tio gosta assim, deixas não deixas? Eu sei que sim, nós entendemo-nos bem. Na verdade é com quem melhor me entendo puto. É contigo. Desculpas-me sempre as ausências, as faltas de tempo, os presentes que não te dou, as vezes que não jogo monopólio. Eu acho-te perfeito, como sabes. Lindo, olhar terno e traquina, inteligente e perspicaz e, sobretudo, és vida. Todas as crianças o são, eu sei. Mas tu és mais. Pronto. Sabes João, o tio está cansado. Extenuado mesmo. Vêm bem longe os teus 37 anos, mas vou deixando uns conselhos para que, ao chegares aqui, não te sintas assim. E para que isso aconteça, tens que ter sempre a coragem de resistir. Resistir ao instinto primário, ao primeiro gesto inadvertido, aos amores fortuitos. Que terás, e avaliar pelo número de namoradas que tens, terás muitos. Coragem de resistir á entrega sem rede. Guarda numa gavetinha algum amor. Tens que o guardar, porque de cada vez que o entregas todo, ele já não volta. Demora. E esse tempo, entre um amor dado e perdido é uma eternidade. Os minutos parecem horas, as horas parecem dias. Por isso, protege-te. Dar é muito bom. Mas habitua o teu coração a querer receber. Porque é triste um coração que não recebe. O tio é chato eu sei. Mas é para teu bem. Boa noite, dá um beijinho ao mano e um abraço forte aos papás. Os melhores papás do mundo. E um último conselho (por hoje claro), olha bem para os papás ao longo da tua vida. É isso o amor.

A tua música preferida



Bica, já lá vão dois meses. Desculpa ser repetitivo, mas lembrei-me agora de algo que tinhamos em comum. A musica favorita. Como os namorados devem ter, dizem. Não eras, nem serias nunca a namorada. Mas partilhávamos tanta coisa, em tão pouco tempo. Como esta música, que, como dizias te fazia "ter vontade de amar, abraçar e dar muitos beijinhos!". Beijo e vamos falando:-)

Diria isto por exemplo...que aliás já disse há muito

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Figuras de parvo...

Voltando aos telefonemas. Acabado de receber dois. Um bom e um mau. É sempre assim, pelo menos ultimamente. Vêm sempre a par. O mau não interessa. O bom logo se verá, parece que sim, que é bom. Pelo menos, deu-me a vontade de não fazer mais nada hoje. De trabalho quero dizer. É incrivel as converas que temos hoje pelo telefone, sms, msn ou email. Falo por mim. Sobretudo no que escrevemos. Somos branco quando escrevemos e preto quando falamos. A escrita dá-nos o estranho poder do anonimato. Parece que por escrevermos nos livramos de dizer. Vem-nos a força, a coragem, a audácia. Escrever transforma-nos. Liberta-nos. O pior é quando temos que falar. Frente a frente. Aí, vai-se tudo. E antes que se vá de vez, escrevemos apenas. O que é uma pena.

P.s. Tentarei a partir de hoje falar apenas de bacalhau, candidatos ás eleições, rainhas de inglaterra ou flmes ucranianos. Vale bem mais e, na verdade, são os únicos motivos que geram interesse pelo autor. São bem mais reais que parecem, evitam desconfortos e sempre dão para rir. As figuras de parvo dão sempre vontade de rir. Digo que tentarei. Logo se verá...

Encantar: causar encanto a; maravilhar; seduzir; enfeitiçar.

Li hoje esta palavra. Referia-se ao efeito de alguns dos meus textos. Porque nem sempre o dicionário nos acompanha as palavras, retiro “seduzir” e “enfeitiçar”. Fico contente que maravilhem e causem encanto. É esse o objectivo, o úncio objectivo. Ou melhor, tornando isto um pouco mais complexo (faço questão sempre), não há objectivo nenhum. Só para mim mesmo. Escrevê-lo aqui, evita que o diga ali. Porque facilmente esquecemos o que lemos, e dificilmente não guardamos o que ouvimos. Prefiro então escrever. Esse é o feitiço da escrita. Qualquer um a faz, qualquer um a lê. São cúmplices, os que escrevem e os que lêm. Imaginam-se apenas. É o tal “reino da fantasia”, onde tudo parece possível de ser. Ou de sermos. Mas temos depois a vida real. Onde temos que nos encontrar, falar, observar. E aí, acaba o feitiço. Passa a sedução. Que não é o caso.

Desculpa Beatriz

Olá Beatriz. Desculpa mas só agora me lembrei de ti. Fazem hoje dois meses que te vi pela última vez. Que te ouvi, te vi sorrir, e te ouvi praguejar. Começávamos a esta hora mais uma daquelas conversas. Eu, chato. Tu, sempre bem. A cada problema, vinhas com a solução. A cada dúvida, vinhas com a resposta. A cada lamento, vinhas com o abraço, o beijo, a palavra certa. Sempre desprovida de etiqueta. De complexos. De receios. Eras tu e pronto. Lembro-me que saíste para ir jantar. Pela centésima vez me tinhas convidado, e pela centésima vez tinha recusado. Sempre com os meus tempos, os meus afazeres, as minhas ausências. Não chegaste a jantar. Foste traída pelo que de mais valioso tinhas. Desculpa só agora me ter lembrado de ti. O tempo e a vida fazem-nos isto. Rapido esquecemos os ausentes. "E ainda bem!", dirias tu. Lembrei-me de ti. Porque sou egoísta. Tinha o teu afecto, a tua presença, o teu trabalho. E isso faz-me falta, muita falta. Porque "dar a volta na Jacará" sózinho custa muito. E logo tinha que me ter a mim como companhia...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Desculpem

Boas a todos. A partir de agora (e se a Formiga e o Urso concordarem claro), os utilizadores "anónimos" deixam de poder comentar. Desculpem, mas é uma regra de sanidade mental. E na verdade, se é anónimo, para quê escrever?
Obrigado

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Era para me convencer...mas acho que não resultou :(

Outro sonho

Outro sonho. Este sem bacalhaus, lulas ou torneiras. Sonhei contigo. Sonho muito. Dizem que faz bem. Sonhar contigo, claro. Mas desta vez um sonho bem diferente. Nos sonhos normais, recebo um telefonema teu dizendo o que eu nunca ouvi. Depois recebo um beijo teu, como nunca saboreei, e dás-me a mão, que eu nunca toquei. Termina sempre com um beijo demorado. Este é o sonho normal. Dia sim, dia não, pronto. No dia não volta o bacalhau, claro. Voltando a este. Sonhei que me admiravas. Que me respeitavas. Que até tinhas algum carinho (esta parte inventei durante o próprio sonho). Sonhei ainda que estávamos “sintonizados”. Objectivos de vida semelhantes, vontades convergente, sonhos idênticos. Consegui mesmo sonhar que ficávamos bem um ao lado do outro. Eu ficava de frente claro, porque de perfil, digamos que não fico bem com ninguém mesmo. Mas, ainda assim, tinhas a benevolência de não reparar. O que te ficava bem claro. Sonhei ainda que me querias o mesmo bem que te quero a ti. Apenas o demonstravas de forma diferente. Muito particular, vá lá. Mas a vida é feita de particularidades, certo? O sonho continuava e volto a inventar um pouco no próprio sonho. Até consegui sonhar que, tal como eu, acreditavas que o destino nos estava destinado. Regressado ao sonho real, observo que os teus olhos não me mentem (fixar esta frase por favor). Até no sonho sou um convencido. Tenho esta mania do dom. O dom de ler os olhos. No sonho também. E via, ali no sonho, que os teus olhos me davam alguma luz, que está em falta há algum tempo. E que, só por isso, teria valido a pena. O sonho, claro. Depois acordei. Beijava a almofada. Acontece-me muito. Gosto muito dela. Habituámo-nos muito um ao outro nos ultimos anos. É fofinha e está sempre ali, á minha espera. Ás vezes esconde-se. Mas acaba por voltar. Bom, depois de beijar a almofada, fui tomar um banho (dia de banho, portanto), fazer barba (ou é desfazer?), vestir, comer, beijinho á mamã (sim passo sempre pela mamã para dar o beijinho), e rua. Trabalho, reunião numa marca de brinquedos onde presto mais atenção aos que os meus queridos sobrinhos gostariam, do que ao que me dizem. De seguida, reunião na Ajuda com um génio do som, almoço com alguém que me relata o blind date da noite anterior, regresso ao escritorio. Telefonemas, telefonemas, telefonemas. Observo-te no ecrã. A maior parte do tempo, estás ali quando eu não estou. E desapareces quando chego. Bad timing o meu. Mais telefonemas, entre eles um gajo que conheço há anos que exclama “mas que é esta merda pá?”. E estávamos a falar de trabalho. Que espero fazer, apesar da beleza da expressão. Tu sais do ecrã, e deixas um beijinho (adivinhaste?). Já não venho a tempo, estava ao telefone com a culpada da expressão acima. Telefonema do mano. Quer saber como vai tudo. Quer sempre saber o mano. Apesar do pouco tempo que o dia lhe dá. Tem sempre este tempo. Respondo a 10 emails (que me dizem quase sempre o mesmo, todos os dias), fumo cigarros atrás de cigarros (a esta hora já posso). Mais uns telefonemas. Amanhã vou contá-los, devem ser uns 30 ou 40 por dia. Que tempo se perde. Leio o blogue. Mando um beijinho para a Cats, de quem tenho saudades. Mais uns textos e hora de ir. Jantar tardio na companhia do Pai. E novo telefonema com a cunhadinha ou mano. Todos os dias. Tão bom ouvir os meninos em fundo. Caminha, leitura, almofada e sonho. Logo se verá qual. Hoje é dia do bacalhau.

Um gajo complexo

Um gajo complexo. Foi isto que uma querida amiga me chamou ontem. De loucuras e realismos. Serei bipolar? E se sim, qual o gajo que deverei ser. O louco ou o realista. E já agora, nestes tempos é mais realista ser louco, ou mais louco ser-se realista. É que por louco que pareça, até acho que estou a ser bem realista. Confuso. Que confuso. Ou complexo, para usar a palavra certa. Como não tenho a dose necessária de realismo para avaliar a minha loucura, não concluo nada. Só sinto. E isso, é realismo ou loucura? Sentir sim. Serei só mesmo eu que sinto o que sinto. A avaliar pela análise da referida querida amiga, que curiosamente também acho possuidora de doses de loucura e realismo (o que a torna diferente e uma delicia de pessoa), sou assim e pronto. Mas já agora, sou o louco quando falo do bacalhau, ou quando falo da Princesa? Necessito que me expliquem, pois como sabem, falta-me o realismo. E sou o realista quando me convenço que o mundo é mesmo louco? Confuso eu sei. Mas eu sou assim, um gajo complexo. Ou louco. Ou realista. Sei lá...

Porque todos um dia queremos um outro lado de um outro mundo...

"Other Side Of The World"

Over the sea and far away
She's waiting like an iceberg
Waiting to change
But she's cold inside
She wants to be like the water

All the muscles tighten in her face
Buries her soul in one embrace
They're one and the same
Just like water

The fire fades away
Most of everyday
Is full of tired excuses
But it's to hard to say
I wish it were simple
But we give up easily
You're close enough to see that
You're the other side of the world to me

On comes the panic light
Holding on with fingers and feelings alike
But the time has come
To move along

The fire fades away

Can you help me
Can you let me go
And can you still love me
When you can't see me anymore

The fire fades away

http://www.youtube.com/watch?v=YUpbO-mpi74&feature=fvst

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Passava por ali

Passava por ali. Vi-te. Olhar perdido no fundo de uma alma que busca. Busca intensidade. Paixão, Momento. Prazer. Vida. Vi-te. Como sempre te vi. Intensa. Sonhadora. Fiel. Fiel a ti. Aos teus. Escrevo ao sabor do que sinto. Sem pensar. Escrevo quase sempre sem pensar. Mas vivo, sinto-me vivo e com vontade de viver. Vi-te ali. Não te falei, não te toquei, não te beijei. Só te vi. Observei uma vez mais a forma perfeita do teu corpo. O teu sorriso. Sentido. Observavas e sonhavas. Sentias que estás a chegar. Ao teu mundo. Ao que te estava destinado. Vi-te. Ficaria ali para a eternidade. Sentindo o silêncio doce da tua presença. Só o escutava a ele. O meu coração. Que batia. Batia forte. Só porque te via. A suavidade da tua pele. O leve toque dos teus cabelos nesses ombros que te ajudam nesse jeito meio desengonçado de andar. Vi-te. Ficaria para sempre a ver-te. Só. E talvez fique. Antes ver-te, que imaginar-te.

Figura de parvo

Hoje sonhei que era um bacalhau. E, como bacalhau que era, resolvi sair da água e apanhar um pouco de sol. Estava eu deitado na areia quando me aparece uma lula. "Que fazes aqui Lula?", perguntei-lhe, estranhando estar ela fora da água. "Eu...estou á procura do tubarão-martelo. Viste-o por aí?", perguntou-me. Respondi-lhe que não. E lá seguiu o caminho dela, á procura do tubarão-martelo. Acabado de tomar o meu banho de sol, resolvi ir até ao parque, andar de escorrega. Chegado ao parque, o escorrega estava tomado por duas torneiras. "Duas torneiras a andar de escorrega? Que estranho", pensei eu. "Olhem lá, mas que fazem duas torneiras e andar de escorrega?", inquiri. "Nós queriamos os baloiços, mas o tubarão-martelo e a lula, não saem de lá...", respnderam-me muito tristes. Decidi seguir caminho, que coisas mais estranhas encontre neste dia. Como ainda era cedo, fui até ao cinema. Bilhete comprado, para bacalhau há um preço especial, lá entrei. Sentei-me (tive que ir buscar uma cadeirinha de criança, pois por azar, há minha frente estavam dois postes de electricidade altíssimos), e vi o filme descansado, comendo as minhas pipocas (com sal a mais, note-se). Já era tarde e resolvi ir de autocarro para a praia. Estava cheio, tinha havido uma convenção de hienas ali perto. Estava um barulho ensurdecedor. Decidi sair e seguir a pé. Ao descer a rua, tropeço e rebolo por uma avenida inclinada e só paro no final. Quando me levanto, reparo que sou agora uma máquina calculadora. "Será que posso ir para a água?", interroguei-me. Chego á praia e encontro de novo a lula. "Olha lá Lula, achas que eu posso ir para a água?", pergunto-lhe. Com ar incrédulo responde-me "Mas que grande lata, uma máquina calculadora que fala! E ainda por cima quer ir para a água. Já não me bastavam as torneiras...vou mas é procurar o tubarão-martelo!". Fim de sonho.

A isto se pode chamar um texto parvo. Ou uma figura de parvo, pronto. A isto sim.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Back

Back to normal...

Seria mais ou menos assim...



"Há muito que sei o que é amar. Gosto de amar. Amo desde sempre a minha família. Pais, mano e cunhadinha, e queridos sobrinhos. Amei, em tempos, a mulher com quem casei. E, hoje, é a ti que amo. O que és. Luta, beleza, convicção, simplicidade, vaidade e bondade. Amo-te por um milhão mais de razões que não sei escrever. Só sei sentir."

Aqui tens Ana. Seria isto que lhe diria. Se ela existisse. Se ainda existisse. Estás satisfeita? Espero que sim...
Ficamos por aqui quanto ao tema.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

É favor dar o Mundo aos outros.



Para os amigos, lembrei-me desta música. Estes senhores, assim como eu, já são um bocadinho antigos. É mais um daqueles discos herdados do mano velho que tanto ouvi. Ou ouvimos. Disco sim. Eram numas coisas chamadas vinil. Ainda existem para quem tenha curiosidade. E como é para os amigos, cá vai.
Ao ouvi-lo lembrem-se que isto só vale a pena se amarmos mais, formos mais presentes, abraçarmos mais, beijarmos mais, sentirmos mais, preocuparmos mais, ouvirmos mais, falarmos mais, partilharmos mais. É verdade que se pode fazer o contrário disto. Sim pode. Mas vai chegar sempre o tempo e o momento em que perguntarão "porque não fiz mais?". E olhem que chega assim. Sem aviso de recepção. Entra-vos na caixa de correio deixado pelo tempo que corre muito rápido. Lembrar de outra coisa ainda. É quando achamos que finalmente o Mundo é nosso que nos devemos lembrar que a outros falta mundo. O mundo que então nos deram eles. É só um conselho, nada mais. Aceitá-lo ou segui-lo é com cada um. É sempre com cada um. Mas há tanta gente sem Mundo...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Time to close...

Há dias destes. Depois de dezenas de telefonemas feitos e recebidos, hora de fechar a loja. Faltaram outros. Mas há dias destes. Amanhã logo se verá. Ou não.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Mas ganhamos e muito!!!

Pegando na dica da Teresa, na vida também ganhamos e muito. Ganhamos o amor incondicional da familia. A cor única do pôr-do-sol, a luz inspiradora da lua, o refrescante agitar das ondas do mar. Realizamos alguns dos sonhos, amamos e somos amados. Respeitamos e somos respeitados. Gracejamos, sorrimos ou rimos desmesuradamente. Cantamos e dançamos. Lemos. Sentimos. Abraçamos e beijamos. Tocamos e vibramos. Cheiramos amanheceres de verão ou noites de inverno. Aquecemo-nos num fogo forte. Pintamos, escrevemos ou compomos. Educamos, ensinamos e realizamos. Enfim, somos. E ganhamos. Melhor assim:-)?

Perder

Perdemos todos. Todos os dias. A vida é muito mais perda que ganho. Também se ganha eu sei. Mas perde-se mais. Perdemos porque somos mias pequenos, mais frágeis, mais crédulos, mais feios. Porque somos menos competitivos, menos ambiciosos, menos premeditados, menos desconfiados, menos calculistas. Perdemos porque acreditamos de mais, porque não nos sabemos avaliar, porque temos dificuldade em "vendermo-nos" ao outro ou outros. Porque há sempre alguém mais inteligente, mais bonito, mais bem sucedido. Com mais facilidade no discurso, mais organiado, mais conhecimentos, mais amizades. Perdemos muito e todos os dias. Mas a mim o que me custa mais é perder sem saber. Sem saber o porquê. Essa e a perda mais angustiante e frustrante. Mas acontece e é triste.