sábado, 31 de janeiro de 2009

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Possidónio Cachapa

Grande notícia de hoje: O Grande Possidónio Cachapa, esse ganda maluco, está no meu Facebook...agora sim, grandes conversas vou ter...

...se ao menos me visses

Penso. Em ti. Faz dois meses que te vi pela primeira vez. Logo aí fixei esse sorriso. Foi curta a conversa. Demasiado curta. Assim que me vim embora, já sabia que te veria de novo. Tinha que te ver de novo. Foi preciso pouco tempo. Lá nos voltámos a ver. Agora por mais tempo, mas sempre pouco. O suficiente para te decorar a cor dos olhos, a forma da face, o jeito simples e encantador do teu corpo, a doçura do teu olhar. Uma outra vez nos vimos. Falámos mais desta vez. Queria ouvir-te. Ver-te sorrir. Observar a suavidade dos teus movimentos, a simpatia das tuas palavras. Desde então vimos falando. Ou teclando. Só teclando na verdade. É o que mais me chateia confesso-te. O teu valor está no que dizes e pensas. Mas o teu encanto está em como és. Imagino-te como sejas. E imagino como seria se me visses como sou. Ia correr bem. Tenho a certeza. Mas isso, nunca vamos saber né?

...ainda os copiões

Já fiz um pouco de tudo. Já ensaquei batatas, arrumei vaselhame, servi ao balcão, servi ás mesas, fui empregado de copa, de mesa. Já colei cartazes na rua, preguei estacas no campo, estendi tendas, montei stands, cablagens ou secretárias. Já organizei viagens, eventos, programas de televisão. Já fiz revistas, textos e mais textos, fotos e mais fotos, filmagens e mais filmagens. Já estive em barragebs, torres de refrigeração ou postes de alta tensão. Nestes quase 20 anos de carreira profissional já estive em mais de 3000 reuniões, gastei mais de 20 cadernos de apontamentos, falei seguramente com mais de 5000 pessoas diferentes. Já trabalhei em empresas grandes, médias e micro. Realizo agora que o tempo já vai a mais do meio. Isto ainda a propósito dos bons e maus. Tu, por outro lado, foste um carreirista politico lá em terras de bouro. Conseguiste aprovar projectos de engenharia sem os veres. Aprovaste a obra de maior intervenção na maior reserva ecológica europeia sem intervires. Conseguiste até ser engenheiro sem fazer exames. És a desgraça dos copiões, tu a quem já chamam o Pinóquio...

2ª Tentativa...ehehehe

Não era bem isto...mas...é o que se arranja...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Concurso Desenho


Cá vai a minha contribuição. Não fui eu, mas foi o meu sobrinho João, que desenha muito melhor...vale assim?

P.s. é um jacaré na lua, para quem não perceba...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

...se te faz sorrir...

o teu sorriso

Quando perguntaram a Cyrano de Bérgerac porque razão ajudava a sua amada a encontrar a felicidade num outro homem, respondia “...porque o sorriso dela me enche o coração. Apenas isso...”. Para alguns trata-se de pura tontice. Para outros masoquismo. Para um romantico tonto como eu é pura afeição. Sem pedir troca. Sem cobrar. Sem julgar. É o respeito máximo pelo outro. É ter a perfeita noção de que amar não é igual a ser amado. É um puro estado de alma. Limpo. Sem juízo de valor. É sentir o sabor de um beijo que não é dado. A sensação de ter sem nunca ter tido. É, sobretudo, viver o momento de um desejo imaginado. É o sabor de querer bem, sem ser querido. É perceber que não foi o nosso tempo. Que nunca vai ser. É, no fundo, saborear o teu sorriso. Por isso, para que saibas, basta-me o teu sorriso. Já me enche o coração.

Desafio

Caros companheiros, lanço uma pergunta.. Há quanto tempo não desenham?

O desenho, excelente canal emocional, deixa de fazer parte da nossa vida com a entrada da adolescência.. Desafio os meus parceiros de blog: façam um desenho (computador, papel e depois digitalizem..) e postem-no aqui.. Aos frequentadores.. O desafio é o mesmo.. Mas mandem-nos, mesmo para o meu e-mail (Peçam ao Jacaré.. à Formiga ou a mim mesmo, só não o meto aqui por razões óbvias).. O vencedor com o melhor desenho (sou eu que decido) pode pagar um jantar ao Jacaré (boa Jacaré? concurso não aprovado pelo governo civil nem pelo Jacaré.. lol)..

É agora??

Agora sim, damos a volta a isto!
Agora sim, há pernas para andar!
Agora sim, eu sinto o optimismo!
Vamos em frente, ninguém nos vai parar!

Agora não, que é hora do almoço...
Agora não, que é hora do jantar...
Agora não, que eu acho que não posso...
Amanhã vou trabalhar...

Agora sim, temos a força toda!
Agora sim, há fé neste querer!
Agora sim, só vejo gente boa!
Vamos em frente e havemos vencer!

Agora não, que me dói a barriga...
Agora não, dizem que vai chover...
Agora não, que joga o Benfica...
E eu tenho mais que fazer...

Agora sim, cantamos com vontade!
Agora sim, eu sinto a união!
Agora sim, já ouço a liberdade!
Vamos em frente, é esta a direcção!

Agora não, que falta um impresso...
Agora não, que o meu pai não quer...
Agora não, que há engarrafamentos...

Vão sem mim, que eu vou lá ter...

Deolinda - Movimento Perpétuo Associativo

http://www.youtube.com/watch?v=us9dIcLjfKM

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Expectativas

Existem perante o que sou, ou perante o que tenho?

O nosso grande mal, é alimentar expectativas sobre os outros, isto na maioria das vezes poderia ser explicado pela falência do nosso crédito perante nós mesmos. No entanto o que acontece é que esquecemo-nos que existimos, esquecemo-nos que as mais elevadas expectativas que devemos criar (as únicas?) deveriam ser sobre nós mesmos.

Não nos chegamos a pôr em segundo plano, limitamo-nos a nem sequer considerar a nossa existência. Nós não temos expectativas perante nós mesmos. Somos “assim”! Os outros não são “assim”, sobre os outros podemos alimentar as nossas expectativas, as ilusões que quisermos, os sonhos que até queriamos para nós, mas nos outros podemos falhar, não há problema, sofremos, desiludimo-nos, desculpa-mos.. Afinal as pessoas estão sempre a desiludir-nos, e é normal que assim seja (né?).

A minha primeira grande expectativa nasceu às 7 primaveras de idade – queria ser arrumador de carrinhos de choque – e não se confirmou.. devia ter expectado sobre o Chico “Maluco”.

Caixinha de Bombons

Era uma vez uma caixinha de bombons. Uma daquelas caixinhas delicadas e bonitas, que alimentamos no nosso imaginário infantil. Daquelas caixinhas que um dia recebemos, ou gostaríamos de receber. Era uma vez uma caixinha de bombons. Forrada a papel champagne, enrolada por um fio de cetim magenta forte. Daquelas caixinhas que gostamos de contemplar, admirar e adorar. Daquelas caixinhas que guardamos naquele armário secreto da casa, para que ninguém ouse tocar-lhe. Daquelas caixinhas que imaginamos ter um sabor nunca sentido. Era uma vez uma caixinha de bombons. Já não existe essa caixinha. Abriu-se e revelou-se de um sabor intenso e amargo. É pena, antes a tivesse mantido fechada...

P.S. Perdoem-me a "repetição", mas há momentos que teimam em repetir-se...

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

As pessoas boas ou más, e a vantagem de ser um copião

As pessoas. Ser bom ou ser mau. É um dilema com o qual aprendemos a viver desde pequenos. Ainda na escola temos que decidir entre ser o colega amigo que ajuda os outros passando-lhes as respostas (eu beneficiei de vários amiguinhos deste confesso), ou sermos o gajo que quer ser o melhor da turma para os papás brilharem nas reuniões de encarregados de educação. Nunca gostei dos segundos. Em primeiro lugar, porque não me ajudavam nos testes de Métodos Quantitativos. Em segundo, porque eles não gostavam de mim (eu, o copião). No trabalho encontramos de novo o mesmo filme. Os que chegam mais cedo que todos, e são os últimos s sair. E os outros (onde lá estou novamente), que fazem os horários normais, mas trabalham. Há anos que sinto que trabalho menos horas, para aqueles que nada fazem em mais horas (estes, os que não me deixavam copiar). Na vida o mesmo. Tenho encontrado gente boa e gente menos boa. Na presunção que me encontro do lado dos bons, sou sempre comido pelos maus. Enganam-me, desiludem-me, mentem-me. Mas enfim, um dia, sempre a tempo, lá os percebo. E percebo como? Eu que sempre fui o copião? Por isso mesmo. Para mim eles nem olhavam. Enquanto eu, na minha expectativa que um dia me deixassem dar uma piscadelazita nos testes, não parava de olhar para eles. Aprendi então a observá-los, conhecê-los, topá-los. Vantagem de copião. Enquanto eles decoravam as raízes quadradas, as semióticas da imagem ou o paradigma da indossincracia (não sei como se escreve, afinal sou um copião), a única coisa que eu fazia era olhá-los. Sei olhar. Ouvir. Sentir. E isso, é o melhor que um copião pode ter. Tudo isto porque me cruzei há pouco tempo com mais uma dessas pessoas. Como os espertos de então (aqueles que não me deixavam copiar, perdoem-me a repetição), ao principio ignorou, a meio encantou, e no fim, como sempre...desiludiu. Triste vida de quem não é copião...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O Abraço

O abraço.
Todos gostamos. Serve para confortar ou abrigar. Saudar ou despedir. Festejar ou lamentar. O abraço quebra a solidão. Une. Aquece. Apoia. Damo-los desde crianças. Dei centenas deles. Aos amigos. Aos pais. Aos amores e aos desamores. Cresci com os melhores abraços do Mundo. Os do meu irmão. Lembro-me bem dos abraços protectores e ternos que me deu. Em miúdos, quando brincámos. Era o meu escudo protector. O meu irmão. Os dois. Sempre juntos e fortes. Não me esqueço nunca daquele abraço que demos há mais de dez anos. Longo. Profundo. Sentido. Único. Como estes tenho hoje os abraços ternos do Joãozinho e os abraçoos meigos e felizes do Miguel. Sou um sortudo. Queria um abraço hoje. Só isso. Gostava tanto de ter o teu abraço que nunca terei. Vou somar os beijinhos que me envias...e sonho com o teu abraço.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

...a propósito de Barack...

Inspirado em Barack, mas não com a inspiração de Obama, aqui vai o meu “I Have a dream for 2009, if possible. If not possible, in 2010 for sure.”
Que os meus meninos (leia-se sobrinhos), cresçam com saúde, alegres, felizes e realizados. Que o João comece a namorar. De pequenino se torce o pepino. Que comece a sonhar e realizar. Que eu possa inspirá-lo nos sonhos, e saborear as suas realizações. Ah, e que me deixe ganhar-lhe na Psp, um dia...
Que Miguel me deixe ver outro canal para além do Panda. E me deixe brincar com o computador do Noddy. E me dê muitos beijinhos. Me abrace. Me chame “Tio” como já chama. Que me empreste toda a alegria que tem todos os dias.
Que veja mais a Carolina. A Carolina que está tão grande. E tão linda. E sempre tão querida. Tão atenciosa, nas suas entradas telegráficas no msn.
Que os meus pais vivam mais 100 anos. Mais 100 que vivessem, nunca chegaria. Para retribuir. Tudo. Bonitos, fortes, simples e tão, mas tão bons.
Que o meu irmão e cunhada tenham mais 3 filhos. 5 é a conta certa. Digo eu. Imaginar mais três como estes dois...de sonho. Que continuem assim. Bons. Muito bons. Amigos, parceiros, confidentes, conselheiros. Que para sempre partilhem os meus êxitos (um dia lá chegaremos...), e que para sempre ali estejam nos inêxitos (rotineiro nos últimos tempos, mas lá acabará, digo eu). Eu cá estou sempre. Feliz por tê-los. Muito feliz por tê-los.
Que a vida corra bem aos amigos de hoje, ontem e de amanhã. Os amigos presentes, os ausentes, os nunca mais vistos e os que ainda estarão por ver. Sinto-me bem se os sei bem. Basta.
Que sejamos um País ontem a honestidade ganha à aldrabice. O essencial ao acessório. A verdade à mentira. A solidariedade ao egoísmo. A partilha ao egoísmo.
Que o Liedson substitua o Sócrates. Que o Paulo Bento substitua o Batista Bastos. A Marisa Cruz substitua a Manuela Ferreira Leite. A Soraia Chaves o Mário Crespo. Só.
Que a Jacaré chegue á Lua.
Que a Princesa visite o meu reino...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Este fim-de-semana fui perseguida...

"Por aqui fico
No teu olhar perco a força
Sem resistir e sem mudar
Por aqui fico
O tempo pára, mas logo foge,
Estas tão perto e tão longe

Se me visses
Um gesto não chega
Não, não chega

Não me vês, não me ouves
Se ao menos sonhasses
Não me vês, não me ouves
Se ao menos sonhasses

Por aqui fico
Na tristeza caminho só
Sem pensar no que aprendi
Por aqui fico

O tempo pára, mas logo foge
Estas tão perto e tão longe
Se me ouvisses um grito não chega (...)"

Tão perto e tão longe - Hands on Approach

http://www.youtube.com/watch?v=MAT3VdLKf7E


“...batem à porta. Num repente, Francisco acorda. Assustado e ressacado. Outra vez. Fixa o olhar no corpo nu deitado a seu lado. Um outro corpo nu. Sem nome, sem história, sem morada. Um corpo de mulher apenas. Batem novamente.
- Pequeno-almoço Sr. Francisco. Gritam do lado de fora.
Francisco abre, dá o bom dia a Mateus, agradece-lhe e num esgar envergonhado fecha a porta. Já faz um ano que Francisco está a viver no Bairro Alto Hotel. Mateus já lhe conhece de cor as manhãs.
Está cansado. Senta-se junto á janela, onde todos os dias contempla o sol a nascer no Tejo. É um homem de rituais. Sempre a mesma hora do pequeno-almoço, sempre aquele lugar a olhar o Tejo. Apenas uma coisa muda no seu ritual. Aquele corpo nu deitado na sua cama. O barulho do banho acorda aquela mulher. Nua, mal acordada, vai ter com Francisco.
- Olá Francisco...bom dia, acordaste à muito tempo?
- Olá Marta, foi só o tempo de tomar o pequeno-almoço. Deixei-te em cima da mesa.
- Obrigado, vou comer qualquer coisa então. E Luisa. O nome é Luisa...
Luisa deixa Francisco ainda mais incomodado. Que raios, todas as manhãs o mesmo erro. Terá isto um fim? Enquanto se interroga, Luisa vai ter consigo ao banho. Corpo moreno e elegante, hávido de abraçá-lo. Tocá-lo. Senti-lo. Não trocam uma palavra. Apenas olhares. Tocam-se. Francisco percorre com os seus lábios o corpo de Luisa. Quer voltar a senti-la. Possuí-la. Torná-la dele. Quer sentir mais. Quer amar. Percorre-lhe os ombros esguios e belos num suave deslizar. Luisa corresponde. Num êxtase, vira-se para Francisco e beija-o. As gotas quentes do duche quase lhe queimam a pele doce..."

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Amanhã pode ser tarde demais.. Mas hoje tambem pode ser cedo “de menos”..
Isto a propósito do que controlamos ou não na nossa vidinha, do que “devemos” ou não fazer.. Encontrar a brecha entre o espaço e o tempo em que estamos inseridos, não será mais do que um acaso fortuito que não controlamos.. Se esse “fazer” envolver outra pessoa.. essa brecha será ainda menos controlável e dificil de ser encontrada.. Pois dois acasos têm que se encontrar..
“viver um dia de cada vez”?
Fazer o que sentes quando sentes?

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Princesa

Sabem aquela sensação de que chegaram tarde demais a um tempo e espaço? Aquela impotência para levar o tempo aonde ele já não pode ir? É. Chato. A mim acontece-me constantemente. Estranho gajo, este gajo que eu sou. Conheci uma espécie de Princesa. Bonita, elegante, sensual, inteligente (não, ainda não conheci a Scarlett, mas tá quase, quase). De tempos e mundos diferentes, acidentalmente nos cruzámos. Eu sabendo que ela era Princesa. Ela nunca acreditando que eu era Príncipe. Empatia gerada. Lá lhe tentei mostrar um reino onde não sou príncipe. Leveia-a a passear no cavalo branco que não tenho. E apreciámos o castelo que não existe. Mas ela sempre Princesa. Passeámos por campos de relva encantados que só existem nos sonhos. Os dois. A Princesa e eu. Sem sabermos, partilhámos puros sentimentos e fortes afectos. Dei-lhe o beijo que nunca provei, e abracei-a no meu peito que nunca a sentiu. Demos as mãos que nunca se encontraram e partilhámos sorrisos que nunca esboçámos. Sem nunca sermos, fomos os dois um só. A Princesa existe. Está lá onde eu já não chego. E eu aqui. Onde ela nunca virá. Vou comprar um cavalo branco...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Something I said...

Às vezes temos de sair de onde estamos, para voltarmos a nós.

Saudades deste som...

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Os Românticos são mesmo estúpidos...(título autoria da Formiga)


Os românticos são mesmo estúpidos. Assim, sem mais nem menos. Estúpidos mesmo. Acreditam no simbólico, em tempos de materialismo. Acreditam no valor de uma palavra, um som, um gesto, quando hoje bastará apenas um carro, uma casa, um telefone. Inspiram-se em personagens de literatura clássica, em tempos de Sexo e a Cidade. Gostam do cheiro, do toque, do sabor, em tempos sem som, sem sensações, sem paladar. Preocupam-se, em tempos de egoísmo. Cultivam a solidão, para aumentar o sabor do reencontro. São mesmo estúpidos. Acreditam, em tempos de mentira. Alimentam-se do tempo das palavras, em tempos em que o tempo não tem tempo. Amam e não dizem. Esperam. Sentados. Fantasiam sobre o sabor do beijo, em tempos em que o beijo vem depois. Idolatram heróis românticos, em tempos em que já não há heróis. Acreditam no amor e uma cabana (novamente autoria da formiga), em tempos em que até a cabana sai cara. Acreditam no olhar, em tempos de cegueira...

P.S. Foto autoria Formiga, essa romântica...mas não estúpida

domingo, 4 de janeiro de 2009

Efeitos secundários de dormir 15 horas seguidas (parte4)

Reset...

Almost done...

Wait a few more minutes please...

Efeitos secundários de dormir 15 horas seguidas (parte3)

... ainda!

Efeitos secundários de dormir 15 horas seguidas (parte2)

Caro companheiro,

... sim, este é pra ti!!!

Hoje não me vais ver dormir ehehehe

Obrigada por teres sempre a palavra! E... vá lá...até te perdoo o "roubo"...deu um bom cenário...

Ainda não tenho sono, mas já começo a ter sonho...

Sabes aqueles dias...

...em que tudo tá fora do sítio...

A garganta dói, a cabeça anda à volta...

Chegas à conclusão que andaste a fazer figura de parva...pior, até sabias que tavas a fazer essa figura...mas pronto, aquela merda de sentimento que nos tira a razão, parecia dar sentido à coisa...Mentira!!! Qual sentimento? Tás parva de novo? Não foi nada...pensaste que era, mas não era..

E agora?? Agora que se lixe!! Quero lá saber! Nunca fiz grandes planos, não vou começar agora!

Agora a palavra é "TENTAR" tentar tudo, até as tentações do caminho.

PS: Efeitos secundários de dormir 15 horas seguidas.

sábado, 3 de janeiro de 2009

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

“Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em “diálogo”. O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam “praticamente” apaixonadas. Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do “tá bem, tudo bem”, tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso “dá lá um jeitinho sentimental”. Odeio esta mania contemporânea porsopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A “vidinha” é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio,não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.” (Miguel Esteves Cardoso)

...para este ano...

Peço:
Mais paz, menos guerra.
Mais amor, menos ódio.
Mais entrega, menos egoísmo.
Mais solidariedade, menos egoismo.
Mais verdade, menos falsidade.
Mais alma, menos superficialidade.
Mais justiça, menos deslealdade.
Mais certezas, menos enganos.
Mais comida, menos fome.
Mais amizade, menos indiferença.
Mais partilha, menos inveja.
Mais de todos, para acabar com os menos de tantos.
Não peço mais.