...acontece

- então rapaz como vais, nunca mais disseste nada, tá tudo bem contigo?
- vai tudo andando, tenho andado cheio de trabalho. E tu como vais?
- vai tudo pá. Então e aquele trabalho com a A., sempre vai avançar?
- não. avançou com outras pessoas...
- a sério?
- sim.
- e o outro com a M.?
- também...
- também o quê?
- também vai com outras pessoas?
- que merda pá. então mas, depois de tudo...?
- sim. é a vida.
- mas nem uma palavra te deram?
- nada. e é melhor assim. desejo-lhes felicidade...
- só tu. se fosse comigo...
- que fazias?
- sei lá, acho que, eh pá sei lá, nem acredito.
- pois.
- então e a tua amiga tem dado notícias?
- não.
- a sério? nada? nem um telefonema, um olá, sei lá...
- nada.
- bem te avisei.
- pois.
- mas, explica-me uma coisa. e tu, tens tentado falar com ela?
- não.
- e quando falavas, eras tu que insistias ou ela?
- eu. claro.
- pois. é melhor esqueceres. sempre me pareceu eras tu que forçavas a coisa...
- vou tentar. para mim não era forçar. era normal. mas sim, tens razão, é melhor esquecer...
- não queria chatear-te...
- não chateias. eu já sabia que seria assim.
- e continuas a querer saber dela?
- sempre. espero que esteja bem. e feliz.
- e ausente?
- sim. mas os curtos momentos de presença esses ficam. soube bem pensar que...
- deixa-te disso. esquece!
- está bem. vou tentar...